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24 de abril de 2024
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17 toneladas de peixe morrem na barragem do Estreito e deixa prejuízo de R$ 200 mil

Cerca de 17 toneladas de peixe da espécie tilápia morreram na barragem de Estreito, município de Francisco Macedo. O fato aconteceu nos tanques da Associação de Piscicultores de Francisco Macedo (APIFRAN) e foi constatado pelos associados na manhã do último domingo, 12.

Segundo Izedito Coutinho, presidente da Associação, a real causa da mortandade ainda é indefinida, mas pode ter sido causado pela falta de oxigênio. “Aqui nunca aconteceu algo assim. Sempre tivemos uma mortalidade normal, mas casos semelhantes a esse já aconteceram em outras barragens”, explicou.

Os peixes variavam entre 350 gramas e 1.3 kg. “Tinham peixes em crescimento, de engorda e pronto para o abate. Nós estávamos nos preparando para a Quaresma e Semana Santa, considerado período de alta temporada no comércio de peixes. Nosso cálculo era comercializar cerca de 20 toneladas de peixe na região”, disse, acrescentando que o prejuízo financeiro da associação é de aproximadamente 200 mil reais.

Ainda esta semana, os associados vão fazer um novo levantamento para saber o que restou de peixes. “Teve tanque que ficou zerado. Outros ficaram com quatro peixes, com cem peixes. Então, nós vamos fazer um levantamento para saber quanto ainda temos”, disse o presidente. Izedito informou que há 15 dias a associação recebeu um novo lote com 24 mil alevinos. “Temos 230 tanques de redes disponíveis e vamos distribuir para agilizar o crescimento, mas esse peixe só estará pronto para o abate em pelo menos cinco meses”, informou.

Alcidon Coutinho, um dos 18 associados, colocou a necessidade da aquisição de um kit de análise da água. “É uma ferramenta importante para fazermos o monitoramento das condições da água. Porém, é um equipamento que custa caro e ainda não tivemos condições de adquirir por conta própria, mas precisamos, e muito, para implementar o nosso trabalho”, disse, acrescentando que a associação buscará a aquisição do kit junto aos parceiros.

Sebastião Alencar, secretário municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente, lamentou o prejuízo da associação. “Vemos com muita tristeza. O nosso município vinha se destacando como um polo piscicultor, e esse fato comprometeu a cadeia produtiva, e, consequentemente, o planejamento da associação”, disse. Sebastião afirmou que a Secretaria de Agricultura buscará, junto com a associação, parcerias para revitalizar a cadeira produtiva dos peixes na barragem.

A barragem de Estreito tem uma capacidade total de 23 milhões de metros cúbicos de água. Diante da prolongada estiagem na região, hoje, a represa estaria com cerca de 2,3 milhões de metros cúbicos. “Não podemos afirmar com precisão, mas, com a experiência que a gente tem, acho que o volume deve estar em pouco mais de 10% de sua capacidade”, disse Sebastião. O secretário informou que uma equipe do DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – realizou estudos sobre volume de água da barragem.

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