Policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) apresentaram nesta sexta-feira (25) Fernando Gonçalves de Carvalho, suspeito de integrar o bando que sequestro a família do gerente do Banco do Brasil de Altos, no dia 8 março deste ano. O mandado de prisão foi cumprido na noite de ontem (24), na Vila Maria, zona Leste de Teresina.
De acordo com o coordenador do Greco, delegado Carlos César Camelo, Fernando teria ainda participação em diversos outros crimes como o roubo à joalheria Diamantina do Comercial Carvalho em 2010 e à ação que resultou no assalto ao Banco do Brasil de Água Branca e Miguel Alves, em junho do ano passado.
“O gerente reconheceu o Fernando. Também já foi confirmada a participação do Fernando Machado Vasconcelos, vulgo Fernando Geleia, que foi preso em Timon em maio desse ano com emulsões usadas para explodir bancos. Além deles, há dois foragidos, os irmãos Antonio Carlos da Silva Coelho e Denilson da Silva Coelho”, explicou Camelo. Ele acrescenta que a polícia também tem nomes de mais supostos participantes do crime.
O delegado diz ainda que Fernando Gonçalves tentou fugir, mas foi encontrado sozinho, no imóvel onde foi preso e teria sido alugado para ser seu esconderijo. “Todos os suspeitos são de Teresina daquela região do Alto da Ressurreição e da Renascença. Eles atuam com assaltos a bancos e cargas de cigarro da empresa Souza Cruz no Piauí, Maranhão e Ceará”, revela Carlos César Camelo.
Ele diz ainda que há também muita troca de informação entre grupos criminosos e que membros de uma quadrilha podem se juntar a outra para realizar os delitos. “Geralmente eles têm ligação. Geléia é irmão do Fábio Negão, preso na operação Sapatinho. Todos têm passagens e já foram presos outras vezes. O problema é que falta celeridade à Justiça o que ocasiona a soltura de pessoas como eles”, observa o delegado, acrescentando que mais mandados de prisões sobre os envolvidos o sequestro do gerente do BB de Altos devem ser expedidos em breve.
Ao ser apresentado à imprensa, Fernando não quis se pronunciar sobre as acusações. E, apesar de sua camiseta trazer uma frase em inglês que diz, em tradução livre, “o que importa é a jornada”, o destino, para ele, pelo menos neste caso, não foi feliz.
Fonte: Carlos Lustosa Filho / Cidade Verde
