Um novo cavalo foi diagnosticado com mormo em território piauiense. Desta vez em União, a 56 Km de Teresina. A Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) confirmou a suspeita nesta terça-feira (1) e enviará equipe para sacrificar o animal nesta quarta-feira (2).
Na propriedade onde o cavalo foi diagnosticado, há outros cinco animais, que serão alvo de exames. Este será o quinto animal sacrificado com suspeita da doença.
“Foi confirmado. Amanhã (2) enviaremos equipe para o local onde já faremos a primeira coleta e enviaremos o material para o Lanagro em Recife, sendo negativo para os dois exames, os animais permanecerão vivos”, explicou o diretor-geral da Adapi, Genilson Sobrinho.
Por se tratar de uma zoonose, pessoas que mantiveram contato direto com o animal serão encaminhadas para o Instituto De Doenças Tropicais Natan Portela.
Aproximadamente 100 animais estão sendo analisados com coleta de material em cinco estabelecimentos, incluindo uma clínica veterinária na Universidade Federal e uma ala de um parque de exposições de Teresina.
O que é a doença:
Mormo ou lamparão: doença infecto-contagiosa que acomete os equídeos (cavalos, burros e mulas), e pode ser transmitida eventualmente a outros animais e ao homem. É causada pela bactéria Burkholderia mallei, e pode ser transmitida pelo contato com animais infectados.
Transmissão: a bactéria entra no organismo através da pele e das mucosas dos olhos e nariz. Profissionais que manejam estes animais, ou manipulam amostras contaminadas (veterinários, tratadores de equinos, funcionários de abatedouros e laboratoristas), têm maior risco de contrair a doença.
Sintomas no homem: Os sintomas no homem são febre, dores musculares, dor no peito, rigidez muscular e cefaleia. Podem ainda ocorrer lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz e diarreia.
Foto: Arquivo Cidadeverde.com
Parque de Exposições “Dirceu Arcoverde”.
Expoapi
O diretor-geral da Adapi também reafirmou o indicativo de realização da Exposição Agropecuária do Piauí (Expoapi) no Parque de Exposições “Dirceu Arcoverde”. Animais do local compartilharam o mesmo ambiente de um cavalo diagnosticado com mormo e o local foi interditado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Até o momento, os resultados dos exames nos animais foram negativos.
“Recebemos o primeiro resultado, na sexta (27), foram todos negativos, dia 10 teremos a segunda coleta, vamos enviar para Recife e só depois desse segundo resultado teremos uma resposta definitiva. Mas tudo indica que será negativo e o parque será liberado”, informou Genilson Sobrinho.
Questionado sobre a possibilidade de uma não liberação por parte do diagnóstico dos animais, o diretor-geral da Adapi fala que a organização já trabalha uma alternativa.
“Mandamos um documento para Brasília propondo um corredor sanitário, como funcionaria: tirar os animais de dentro do parque de exposição e encaminhá-los para uma propriedade que já está interditada”, explica.
Fonte: Valmir Macêdo / CidadeVerde
