30.7 C
Jacobina do Piauí
23 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralPiauíPicos

Após 14 anos de espera, julgamento é adiado e revolta família da vítima em Picos

O julgamento do mototaxista Edilson Virgulino Neto foi adiado após a família esperar por mais de 14 anos pelo julgamento que deveria acontecer nesta terça-feira (06). O réu Francisco Manoel da Silva deveria ir a júri popular hoje (06), na 5ª Vara da Comarca de Picos (PI). Ele é acusado de ter assassinado Edilson  em maio de 2004.

Vestidos com uma camiseta que estampava a foto de Edilson e com frases que pediam justiça, os familiares do mototaxista foram surpreendidos com a notícia de que não haveria julgamento. A viúva da vítima, Eva Regina, falou com a nossa equipe sobre o sentimento de impunidade que toma conta dos familiares, ela disse ainda que não foi dada nenhuma explicação para a família e nem para o advogado de acusação.

“Hoje era para ser o julgamento, nós estávamos ansiosos, porque pensávamos que finalmente hoje a gente ia saber a condenação do réu, mas a gente chega aqui e fica todo mundo desinformado, não sabe por que foi adiado o julgamento e a gente fica chateado e revoltado, porque isso é uma coisa séria, não é justo, há 14 anos e seis meses que a pessoa cometeu um crime bárbaro desses, que a gente vem lutando e pelejando que ele vá para o julgamento e não é justo, quando finalmente chega o dia nos informam que só vai haver em dezembro. Eu acho que a justiça, o Ministério Público, deveriam ter um pouco mais de consideração pelas pessoas e ver pelo que a gente está passando”, desabafou a viúva.

Eva Regina conta ainda que após a morte do seu esposo, teve que deixar a cidade em que morava com seu filho, na época com três anos, por causa do trauma causado na criança, ela fala que a dor permanece até hoje e que reconhece que a prisão do acusado não traria seu esposo de volta, mas deixaria um sentimento de paz para os familiares.

“Eu espero que a justiça tome providências, que ela marque esse julgamento o mais rápido possível, que ela não veja só o lado do acusado, que veja o lado da família da vítima que quer justiça, que a gente não dorme direito, não descansa enquanto não ver o acusado pagando pelo que ele fez […]. Eu espero justiça, a gente não vai descansar, não vai deixar em paz, a gente vai lutar para que a justiça aja o mais rápido possível. Eu peço que o Ministério Público faça esse julgamento e que ele receba a pena, porque sabemos que não vai trazer ele de volta, não vai deixar a gente feliz, mas saber que ele está preso, a gente vai ficar um pouco mais tranquilo”, expressou.

A nossa equipe procurou o Ministério Público para apurar as razões do adiamento do júri popular e fomos informados que não havia um promotor disponível para julgar o caso e por essa razão o prazo foi estendido até o mês de dezembro.

Fonte: Grande Picos

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais