23.1 C
Jacobina do Piauí
25 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralPolítica

Após suspensão de campanha, candidato é denunciado por aglomeração no Sul do Piauí

A coligação do prefeito Reginaldo Gomes (Progressistas), que concorrer à reeleição no município de Dirceu Arcoverde, sul do Piauí, denuncia  o candidato Dr. Ramon (PT), por realizar ato de campanha, no mesmo dia em que coligações de nove municípios da região, assinaram acordo suspendendo as ações de campanha. O acordo assinado junto ao Ministério Público Eleitoral e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se deve ao aumento dos números de coronavírus no sul do Piauí. A coligação de Dr. Ramon foi a única a não assinar o documento.

De acordo com o advogado Emanuel Fonseca de Souza, a ação foi impetrada porque a coligação de Dr. Ramon  teria provocada aglomeração em meio ao crescimento dos casos da doença na região. De acordo com a denúncia, a coligação de Dr. Ramon também teria montado um palco em frente à sede da prefeitura da cidade.

“Fizemos uma ação porque eles montaram um palco em frente  à prefeitura e atrapalhava o trânsito de pessoas e o funcionamento do órgão público. Fizemos uma denúncia e dizendo que os alto-falantes estavam postos a menos de 200 metros de órgãos públicos, o que é proibido. Eles não pediram autorização e nem comunicaram à polícia a realização doe vento. Em razão disso, a juíza determinou que a Polícia Militar fosse até o local para constatar as irregularidades. A Polícia Militar emitiu um relatório constatando irregularidades e aglomerações. Isso depois de um acordo assinado pelas coligações da região para evitar aglomerações. Por isso, foi comunicada à juíza e o Ministério Público deve tomar as providências”, destaca o advogado.

O promotor Leonardo Dantas, da 95ª zona eleitoral,  afirma que o Ministério Público deverá se manifestar sobre a denúncia na segunda-feira (19). Segundo ele, mesmo com a coligação de Dr. Ramon não tendo assinado acordo de suspensão da campanha até o dia 05 de novembro, não pode realizar atos de campanha que gerem aglomeração e coloquem em risco a segurança dos envolvidos, com descumprimento das normas sanitárias.

Foto: Encaminhada via whatssapp

“O acordo vale até o dia 05 de novembro. Depois vamos realizar uma nova reunião com todas as autoridades de saúde para avaliar com segue a situação do coronavírus na região. Se a situação estiver mais controlada e as autoridades de saúde falarem que já podem voltar ao normal, liberaremos os últimos 10 dias. É importante salientar que foi um acordo  e não houve previsão de qualquer penalidade.

“O Ministério Público pode e vai agir de duas formas. Primeiro, se houver descumprimento do acordo por parte dos partidos, coligações, candidatos, o Ministério Público pode ajuizar uma representação eleitoral por propaganda realizada por desrespeito as regras sanitárias e pedi aplicação de multa. Preventivamente, se o MP tomar conhecimento que uma coligação pretende fazer comício ou carreata, o Ministério Público pode entrar com ação para impedir a realização do evento. Dessa forma, vamos fazer a fiscalização do acordo. Embora a coligação não tenha assinado o acordo, o MP vai agir da mesma forma. Agira preventivamente, se tomar conhecimento que algum ato será realizado, mas se for realizado sem o conhecimento do Ministério Público, só tiver conhecimento depois da realização do ato, vamos agir de forma repressiva, vamos ajuizar uma ação e representação eleitoral frente o juiz da zona e vamos buscar a responsabilização de quem realizou o ato em um momento tão delicado”, destaca o promotor.

O advogado Ednaldo de Almeida Damasceno, que representa a coligação do candidato Dr. Ramon, afirma que mesmo sem a assinatura do documento, o evento foi cancelado. Segundo ele, as pessoas que aparecem nas fotos resolveram por conta própria seguir no local. Segundo ele, a coligação irá assinar o acordo de suspensão da campanha.

“Ocorreu uma reunião com o Ministério Público Eleitoral e os candidatos, representantes e assessores a respeito de um possível acordo, que ficou definida a suspensão dos atos partidários. Como a reunião terminou por volta das 13:30 horas, era impossível avisar os participantes do ato partidário sobre a suspensão. Posto que muitos vieram da zona rural  e todos estavam sabendo que iriam participarem do evento partidário. Insistimos para que o acordo fosse feito após a 0:00 hora, considerando o princípio da paridade na disputa eleitoral, tendo em vista que, o candidato do Progressista já havia realizar uma carreata e comício sem nenhuma interferência da Justiça Eleitoral. Mas não foi aceito o pedido por parte do MPE. Considerando que as pessoas já estavam para participar do evento partidário, e sabíamos que iriam querer fazer movimentos e era impossível conter, não assinamos o acordo. Mas somos totalmente a favor da suspensão, tanto é que mesmo sem assinar, foi comunicado às pessoas presentes a suspensão dos atos partidários. E já estamos providenciando à adesão ao acordo”, declara.

Fonte: Lídia Brito / CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais