O senador piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, não tem se furtado a ocupar o lugar de grande articulador do apoio político no Congresso Nacional ao presidente Jair Bolsonaro. E coloca o apoio do “Centrão” – onde o Progressistas é a maior bancada – como fundamental para a recente estabilidade alcançada pelo governo. As declarações do senador foram feitas em uma longa entrevista (de 54 minutos) à rede CNN, ontem. Ciro afirmou que a moderação nas falas do presidente da República não foram “um pedido” do Centrão, mas “um argumento” em defesa do diálogo e boa relação institucional.
Para o senador, Bolsonaro está dando a volta por cima tanto pelas mudanças de postura como por ações tipo Auxílio Emergencial. E já é visto pelos políticos como o favorito nas eleições de 2022.O líder dos progressistas vai além na análise e acredita que Bolsonaro pode vencer a disputa no primeiro turno.
A coluna destacou alguns pontos da entrevista de Ciro.
O que Ciro disse na entrevista
• Papel do Centrão: o senador Ciro Nogueira vê o Centrão como fundamental para a estabilidade política recente. Acrescenta que todo avanço no país “nos últimos 30 anos” teve participação do grupo.
• Eleição na Câmara: vê a divisão do Centrão (saída do MDB e DEM) como algo simbólico e sem efeito prático. E acredita que haverá consenso entre os centristas, incluindo Rodrigo Maia.
• Reeleição de Bolsonaro: vê Bolsonaro muito forte. Tem o apoio da direita e agora soma o centro, e conta com resposta popular. Pode “ganhar no primeiro turno”, diz.
• Eleitor apaixonado: para Ciro Nogueira, o presidente tem seguidores apaixonados como nunca antes visto. Atribui isso a uma percepção popular como “é um de nós”, com linguagem simples e direta.
• Bolsonaro no PP: Se o presidente não conseguir viabilizar o Aliança, tem as portas do Progressistas abertas. “Acho que ele nunca deveria ter saído”.
• Ruptura com Wellington: Diz que ele tinha com Wellington Dias um projeto para o Estado. “Mas ele demonstrou que tem um projeto de partido apenas”.
• Fura-teto: defende recursos especiais para obras, e festeja os ministros Tarcísio de Freitas e Rogério Marinho pelas obras de infraestrutura.
• Lava Jato: Elogiou as ações de Augusto Aras sobre a Lava Jato. “Foi a maior operação de combate à corrupção, mas não está acima da lei”.
• Bolsonaro cabo eleitoral: Ciro acha que o presidente não deve se envolver nas campanhas municipal deste ano. Mas vê as ações de Bolsonaro um forte apelo a ser empunhado pelos aliados.
Fonte: CidadeVerde