24.3 C
Jacobina do Piauí
19 de abril de 2024
Cidades em Foco
EconomiaGeral

Brasil não voltará a crescer antes de 2018, prevê FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a ampliar nesta terça-feira (19) a projeção de retração econômica para o Brasil em 2016 e disse não esperar mais a retomada do crescimento em 2017 – o que deve afetar toda a economia mundial, acredita.

Segundo atualização do relatório Perspectiva Econômica Global, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terá retração de 3,5% em 2016, uma projeção significativamente mais pessimista do que a de queda de 1% divulgada em outubro passado. A recuperação do país, portanto, não acontecerá antes de 2018.

Isso, ressalta o relatório, depois de o país já ter encolhido 3,8% em 2015, em estimativa também revisada para baixo em relação à queda de 3% prevista antes. Já em 2017, o fundo aponta que a economia brasileira ficará estagnada – a previsão anterior era de expansão de 2,3%.

A recessão causada pela incerteza política e contínuas repercussões das investigaçäao na Petrobras, diz o relatório, está sendo “mais profunda e prolongada” do que se esperava. “Em termos de composição por país, as revisões se devem em grande parte ao Brasil”, completa o estudo.

O desempenho da economia brasileira está, portanto, abaixo da região América Latina e Caribe como um todo, cujas expectativas são de recuo de 0,3% do PIB em 2016 e crescimento de 1,6% no ano seguinte.

Dos 16 países mostrados na tabela incluída no relatório, o Brasil é o que tem o pior desempenho projetado para 2016. A economia brasileira pesou sobre as estimativas para o crescimento global, que foram reduzidas em 0,2 ponto percentual tanto para 2016 quanto para 2017 – respectivamente para expansão de 3,4% e 3,6%.

“Essas revisões refletem de maneira subs

tancial, mas não exclusivamente, uma retomada mais fraca nas economias emergentes do que previsto em outubro”, diz o FMI.

O fundo aponta como motivos para o desaquecimento da economia global uma desaceleração mais acentuada do comércio chinês e a queda nos preços das commodities, que afetam o Brasil e outros mercados emergentes.

O FMI piorou também as projeções para as economias desenvolvidas, que deverão crescer 2,1% tanto em 2016 quanto em 2017, ou seja, 0,1 ponto percentual a menos do que o estimado em outubro. A previsão se deve sobretudo aos Estados Unidos. O país deverá crescer 2,6% em 2016 e em 2017 (uma revisão para baixo de 0,2 ponto).

“A menos que as transições-chave na economia mundial ocorram com sucesso, o crescimento global pode derrapar”, alerta o relatório.

A zona do euro, por sua vez, deverá crescer, em seu conjunto, 1,7% neste e no próximo ano, o que se traduz numa melhora de 0,1 ponto percentual em 2016 e na manutenção da projeção para o próximo ano.

RPR/efe/rtr/ots

Fonte: Terra

 

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais