23.1 C
Jacobina do Piauí
25 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralPicos

Câmara não se entende e o novo projeto da taxa de iluminação em Picos emperra nas comissões

Depois de três longas reuniões, vereadores da situação e da oposição e representantes da sociedade civil organizada não chegaram a um acordo e, o novo projeto que dispõe sobre a contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública (Cosip), permanece parado nas comissões técnicas da Câmara de Picos.           

O projeto foi enviado à Câmara de Picos pelo prefeito, Padre José Walmir de Lima (PT), no dia 20 de fevereiro e a previsão era que a matéria seria votada o mais rápido possível. Dessa forma, deixaria de valer o projeto atual aprovado pelos vereadores, por unanimidade, em duas sessões realizadas no dia 9 de novembro do ano passado, que permitiu o reajuste de mais de 100% na taxa de iluminação pública.          

No entanto, mais de 40 dias após a chegada do projeto à Câmara, as discussões não avançaram e não existe nenhuma previsão para que a matéria seja colocada em pauta para discussão e votação em plenário. Enquanto isso, a população já pagou quatro meses de iluminação pública com reajuste de mais de 100% autorizado pelos próprios vereadores em novembro do ano passado.

Divergência         

O líder da bancada de oposição na Câmara de Picos, Raimundo Nunes Ibiapino, o Renato (PRP), afirma que o projeto não foi votado ainda porque não se chegou a um consenso. Segundo ele, após algumas reuniões não houve acordo que não atinja tanto o consumidor e não deixe o Fundo de Iluminação Pública sem condições de honrar seus compromissos.          

O parlamentar informa que no projeto em vigor a arrecadação do Fundo de Iluminação chega aos 950 mil reais por mês. Ele lembra que no novo projeto a proposta da Prefeitura de Picos fica com uma arrecadação em torno de R$ 750 mil por mês e não foi aceita pela oposição. Baixou-se essa proposta para R$ 560 mil e também não foi aceita.         

“Defendemos que a arrecadação não ultrapasse a casa dos R$ 450 mil por mês. 80 mil reais seriam para a manutenção e R$ 330 mil para a iluminação, ficando algo em torno de 40 mil reais por mês em caixa no Fundo” – informou Renato.          

Já o presidente da Câmara, Hugo Victor (MDB), disse que até o momento não houve consenso em praticamente nenhum pronto do projeto. Ao contrário da oposição, ele defende que sobre recursos da arrecadação da Cosip para investimento.          

Segundo Hugo Victor, a princípio ele tinha agendado para que o projeto fosse analisado em dez dias, tempo hábil para esgotar todas as negociações, buscar o entendimento e colocar a matéria em votação em plenário. “Infelizmente já se passaram mais de 40 dias e não conseguimos chegar a um consenso” – admitiu.           

Hugo Victor disse que está aguardando uma definição, porém, já demonstrou a alguns colegas a necessidade de colocar o projeto em pauta e assim dá uma resposta a sociedade. “Estamos sendo cobrados pela população e não podemos ficar com uma matéria nas comissões sem leva-la a plenário para apreciação e votação” – advertiu.          

O Procurador Geral do Município, Maycon Luz, disse que a administração cumpriu a sua parte, pois enviou à Câmara de Picos dentro do prazo acordado em audiência pública, o novo projeto da Cosip. Segundo ele, cabe agora aos vereadores fazerem a discussão e votação da proposta, que entre outros benefícios reduz a alíquota em 25% e aumenta para dez mil o número de consumidores isentos da taxa.

Fonte: Jornal de Picos

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais