A Cáritas e a Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) vão iniciar uma ofensiva contra o tráfico humano, principalmente, em relação à mulher. A coordenadora do projeto Combatendo o Tráfico Humano e Gerando Cidadania, Hortência Mendes, informou que o assédio às mulheres ocorre com mais frequência via internet. Ela ressalta que o projeto vai levantar dados e fará um trabalho de esclarecimento sobre os direitos da mulher e das leis que as protegem.
“Esse tráfico ocorre mais na internet, seja por chamamento de concurso de beleza e até nas universidades. Há uma rede de assédio a essas mulheres e que levam até para casas de prostituição”, disse Mendes.
O projeto está sendo apresentado na manhã desta quinta-feira (23), na sede da Fetag, com a presença de várias entidades e será levado também para Floriano, Parnaíba e São Raimundo Nonato. A proposta é montar uma rede de proteção.
“O Piauí já faz parte da rota do tráfico humano em suas diversas modalidades e principalmente aquele que atinge as mulheres em situação de violência. O Estado é um corredor do tráfico de pessoas e é preciso ter políticas públicas para combater esse crime”, disse
Francisca Gilberta de Carvalho, conhecida como Caçula, coordenadora da mulher na Fetag, ressaltou que esse tema é importante para o movimento sindical trabalhar a defesa dos direitos da mulher.
“É um trabalho que estamos começando agora para a identificação. É um tema que as pessoas têm medo de falar. Vamos fazer um trabalho com os pés no chão, porque muitas vezes não se consegue descobrir o tráfico e quando descobre já tem ido embora”.
Caçula disse que a Fetag vai reforçar a luta e esclarecendo as leis que beneficiam as mulheres.
Fonte: Cidade Verde