No Piauí, os casos confirmados da varíola dos macacos subiram para 18. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) no Painel Epidemiológico Monkeypox, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).
Na terça-feira (4) eram 15 casos confirmados da doença, contudo, a cidade de José de Freitas registrou um caso e Teresina mais dois. Até o momento foram 151 notificações, 52 casos suspeitos, 2 prováveis, 71 descartados e 8 indeterminados.
É considerado um caso suspeito o indivíduo que apresenta lesão em mucosas e erupção cutânea aguda, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo, ou proctite. As lesões, no entanto, podem estar associadas a outras doenças como herpes e sífilis, infecções bacterianas ou reações alérgicas.
No estado, 17 casos confirmados são do sexo masculino e um do sexo feminino. Os casos foram registrados nas seguintes cidades: Batalha (1), Parnaíba (1), Teresina (15) e José de Freitas (1).
Conheça os sintomas
Infográfico mostra informações sobre transmissão e sintomas da varíola dos macacos — Foto: BBC
A doença é transmissível de paciente para paciente, principalmente na fase em que as feridas características da varíola murcham. As erupções — que podem ter aparência levemente diferente em tons de pele distintos — podem contaminar roupas e lençóis.
No momento, existem muito poucas pessoas no mundo com a doença, o que significa que as oportunidades de contágio não são muitas.
Caso tenha contraído a varíola dos macacos, a primeira coisa que irá notar são sintomas similares à gripe — cansaço, mal-estar geral e febre. É o que os médicos chamam de “período de invasão” da doença, quando o vírus entra nas suas células.
Em 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As erupções mudam e passam por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até finalmente formarem uma casca, que cai posteriormente — Foto: UKHSA via BBC
Segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, as lesões passam por cinco estágios antes de cair.
A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
Como se proteger
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.