Cerca de 150 policiais concursados que passaram pelo curso de formação da Acadepol (Academia de polícia) aguardam retorno do governo do Estado do Piauí em relação às nomeações.
Devido ao atraso do chamamento, os formandos da Acadepol irão realizar ato de protesto na Praça Saraiva, em frente à Delegacia Geral do Estado, amanhã (16) a partir das 9h da manhã.
O concursado Jonas Gabriel, que reside no interior do Estado, afirma que precisou sair do emprego para conseguir concluir o curso de formação da Acadepol. “Passamos seis meses recebendo treinamento dentro da Academia, agora estamos aguardando as nomeações que ficaram prometidas para junho depois de audiência pública”, relata Jonas Gabriel.
O Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) realizou nas últimas semanas uma série de denúncias em relação à terceirização dentro da Polícia Civil do Piauí, principalmente nas delegacias do interior.
O presidente do Sinpolpi Constantino Júnior (foto abaixo) afirma que a questão da terceirização prejudica não somente os policiais que aguardam serem nomeados, mas a sociedade como um todo.
“A população necessita de trabalho competente dentro da polícia civil, porém o governo insiste em nomear pessoas que nunca fizeram concurso para serem policiais. Isso acarreta uma série de complicações, pois estas pessoas não possuem qualificação para exercerem a função dentro de uma delegacia”, afirma o presidente.
Atualmente, a corporação conta com pouco mais de mil policiais civis em atividade. A necessidade de aumentar o efetivo se torna mais crítica no interior do Estado, no qual existem apenas 334 agentes para suprir o atendimento de mais de dois milhões de pessoas.
Segundo o presidente do Sindicato para uma demanda ideal, seria necessária a contratação de cerca de 1.400 novos policiais. Por isso, existe a necessidade da nomeação imediata dos formandos e a realização de novos concursos.
Fonte: ASCOM
