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26 de abril de 2024
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Cientista alerta que Piauí está entre estados com grande número de casos da Covid-19

Foto: Robeta Aline

O cientista e médico Carlos Henrique Nery Costa alertou que o Piauí está entre dois estados que já confirmaram grandes números de pessoas com a Covid-19 e que a população deve se proteger, o máximo possível, para que a pandemia se espalhe de forma mais estável no Estado.

O Ceará já se aproxima de dois mil casos confirmados e o Maranhão dos 500. Ele ressalta que a população dos vizinhos tem ligação direta com os piauienses e por isso nas cidades limites, o isolamento deveria ser o máximo possível.

“O Piauí está como um vale, com registro de poucos casos por razões diversas, estratégias de diagnóstico, distribuição de kits, etc. Mas, nós estamos entre dois estados com número de casos enormes e são vizinhos que têm uma profunda intimidade com o Piauí. A economia do norte do Piauí está muito ligada à do Ceará, existe um trânsito muito grande entre os dois estados e vale registrar que os casos de São José do Divino, Piracuruca e até de Campo Maior estão talvez relacionados ao Ceará. Com o Maranhão, o rio não nos separa e sim nos une. É preocupante essas regiões fronteiriças e as pessoas que moram próximas a esses estados, devem mais do que nunca, tomar a precaução de isolamento social. Essas cidades, essas regiões, o índice de isolamento deve subir para os 80% a 90%. A pessoa deve sair só pra comprar comida e acabou. Para não se expor e expor os seus entes queridos e sua comunidade”, ressalta.

O médico compara a falta de isolamento social a um abismo. “Praticar o isolamento social significa não cair no abismo, porque ele está na frente, se der um passo, cai. Qual é o futuro inevitável? É que vai ter um surto epidêmico e as pessoas vão morrer por falta de ar porque não vai ter respirador. A metade das pessoas que tem coronavírus grave, precisam de UTI e se não tiver, vão morrer. Se a gente não impedir o avolunamento dos casos de uma vez só, a metade vai morrer com falta de ar, porque não tivemos cuidado de protegê-las  agora (com o isolamento). Se a gente impedir o crescimento da curva, nós estaremos dando tempo para que a epidemia se distribua e as pessoas não morram sem assistência médica, porque metade das pessoas que vão para UTI vão sobreviver, se tiver respirador”.

O cientista criticou a demora do Brasil em se planejar para combater a doença, já que a epidemia começou na China ainda em dezembro. No entanto, ele afirma que isso não tira a responsabilidade de cada cidadão se proteger e proteger os outros.

“Tivemos de três a quatro meses para se planejar e isso não foi feito adequadamente, talvez por isso esteja tendo essa turbulência. Mas isso não alivia em nada a responsabilidade de cada cidadão. É importante saber que cada cidadão é fundamental para o adoecimento de si e dos outros, de todas as pessoas que ela tem contato, outros adultos, crianças, vizinhos, avós… é toda uma rede colocada em risco por conta de uma pessoa que assumiu uma atitude irresponsável de sair. A doença é terrível e ela mata mesmo, como se fosse um afogamento, que é assim que as pessoas se sentem com insuficiência respiratória”, enfatiza o médico.

Fonte: CidadeVerde

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