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24 de abril de 2024
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COE autoriza grandes eventos via “drive in” e retorno as aulas pode ficar para 2021 no Piauí

Fotos: Ascom/PI

O Comitê de Operações Emergenciais (COE) Ampliado, aprovou na tarde desta terça-feira (1), novas medidas sobre a realizações de eventos culturais e retomadas de atividades. Uma das decisões é que o governo deve esperar parecer do Comitê Científico do Nordeste para definir o retorno das aulas presenciais no estado. O governo está defendendo que a rede estadual de ensino só volte a funcionar em 2021.

Os pontos, analisados em reunião por videoconferência liderada pelo governador Wellington Dias, foram aprovados pelo comitê técnico e serão encaminhados para publicação.

Servidores públicos

O COE autorizou a ampliação do quadro de servidores públicos em atuação na modalidade presencial. Agora até 50% do total de funcionários públicos poderão estar presentes no local de trabalho. Inicialmente só 30% do quadro estava autorizado a comparecer às repartições.

Estágios de alunos

O comitê liberou também a retomada de estágios para alunos de cursos superiores na área de saúde. Estudantes a partir do 8º período poderão desenvolver as atividades práticas supervisionadas em unidades de saúde que não atendam a pacientes com Covid-19. Ficou estabelecida a obrigatoriedade de aplicação de testes nos estagiários.

O COE manteve para o dia 8 de setembro a autorização para retomada de eventos culturais no Piauí. O eventos de pequeno porte deverão seguir a métrica mínima de 4 m2 ocupados por pessoa, com o distanciamento mínimo de 2 metros entre os participantes, e lotação máxima de 100 pessoas por evento em área aberta ou semiaberta.

Os grandes eventos só podem ser executados na modalidade “drive in” formato onde os participantes assistem à apresentação artística de dentro do carro. O limite será de mil pessoas ou 250 carros com 4 ocupantes cada.

“É exigido que o motorista não faça uso de bebida alcoólica. Além de proibido o consumo ao volante, aumenta o risco de acidente automobilístico e a consequente e ocupação de leitos hospitalares, inclusive de UTI” destacou a gerente de vigilância sanitária, Tatiana Chaves.

Educação

Outro ponto em pauta na reunião foi a retomada das aulas presenciais na escolas de ensino regular. Preocupado com a preparação dos candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o governador Wellington Dias sugeriu a abertura de um diálogo envolvendo representantes das escolas públicas e particulares, pais de alunos, e membros do COE, para avaliar a possibilidade de retomar o ensino presencial especificamente para alunos do 3º ano do ensino médio.

“Esta abertura envolveria entre 60 e 70 mil pessoas, cerca de 7% do público total alcançado com a retomada completa do setor de educação. Estamos tratando de estudantes com maior maturidade, cientes dos cuidados que devem tomar. O grande objetivo é reduzir a desigualdade do alunado do Piauí com o de outros estados, visto que eles vão entrar numa concorrência âmbito nacional (Enem)” explicou o governador.

Pelo cronograma vigente, as aulas presenciais podem ser retomadas no próximo dia 22 de setembro. Na reunião de hoje o COE optou aguardar um posicionamento do Comitê Científico do Nordeste, que deve se reunir esta semana para tirar uma deliberação sobre o tema, só então será decidido que posição prevalecerá em nível estadual.

Reuniões Políticas

A audiência tratou ainda do regramento necessário para a realização de reuniões de cunho político-partidário, com vistas às eleições municipais. O posicionamento do COE é pelo limite de até 100 pessoas neste tipo de encontro, mesmo número admitido em eventos culturais e sociais de pequeno porte.

Ficou acertada uma reunião para esta quarta-feira (2), envolvendo membros da Justiça Eleitoral, Ministério Público, Associação Piauiense de Municípios (APPM) e COE, para estabelecer as regras a serem obedecidas para evitar aglomerações e a consequente transmissão da covid-19.

Matéria original

Membros do Comitê de Operações Emergenciais (COE) do Governo do Piauí estão reunidos, nesta terça-feira (1), para tratar sobre a volta das aulas presenciais e temas como convenções partidárias, estágios de cursos superiores da área de saúde e  eventos em templos religiosos.

A reunião ainda está em andamento, mas já ficou definido que o governo só vai decidir se as aulas presencias retornam ou não no dia 22 de setembro, como está previsto, após receber um parecer do Comitê Científico do Nordeste.

O objetivo do governo é ter acesso a outros posicionamentos para se tomar uma decisão mais assertiva sobre o retorno das aulas presenciais. Ester Miranda, pesquisadora responsável pelo inquérito epidemiológico da Covid-19 no Piauí, Ester Miranda, explica que esse é o momento “mais perigoso” da retomada das atividades.

A expectativa é que o parecer seja emitido nas próximas horas.  “Quanto mais informações se tem de pessoas, estudiosos na área para que o Piauí possa tomar uma decisão, melhor é. Por exemplo: os alunos do Piauí vão concorrer ao Enem. Imagina se os alunos do ensino médio dos outros estados voltam e o Piauí, não.  Como o Piauí vai ficar prejudicado. Então é melhor uma decisão em conjunto  com vários técnicos da áreas, vários estudiosos, várias pessoas da diferentes esferas da administração pública para ter uma decisão mais consistente. É importante ter cautela. É o momento da retomada mais perigoso. São muitos alunos, tem a questão das escolas se adaptarem.Tem que ir com calma mesmo”, analisa Ester.

As aulas presenciais foram suspensas no Piauí no mês de março como medida para evitar a propagação do coronavírus. O diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino, Marcelo Siqueira, disse ao Cidadeverde.com que a maioria dos pais, principalmente do ensino infantil, estão resistentes a enviar os filhos para a escola neste ano.

Teresina 
Na rede municipal ainda não há data prevista para o retorno das aulas presenciais. O secretário municipal de governo da Prefeitura de Teresina, Fernando Said, disse que pesquisa realizada pela prefeitura aponta que muitos pais estão preocupados com a saúde dos filhos e que não pretendem enviar os filhos às escolas.  Said ressalta que essa é uma situação “muito delicada” que envolve “vários fatores e vários parâmetros”.

Izabella Pimentel e Yala Sena (com informações da Secom)

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