25.7 C
Jacobina do Piauí
25 de abril de 2024
Cidades em Foco
EconomiaGeralNordeste em Foco

Comissão aprova texto do Orçamento com reajuste para PF e fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões

Líderes do congresso discutem relatório da união para 2022 / Foto reprodução TV Globo

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (21) a proposta de Orçamento da União para 2022.

A comissão concluiu a votação após a rejeição de todos os destaques (propostas para mudar o texto) apresentados. Com isso, a peça orçamentária será votada ainda nesta terça-feira em sessão do Congresso dividida em duas partes (uma de deputados; outra de senadores).

A aprovação na comissão mista se deu em meio a impasses sobre o valor de recursos para o financiamento de campanhas por meio do fundo eleitoral e sobre o reajuste para servidores – entre os quais, o da Polícia Federal (leia mais abaixo).

No relatório do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), o valor total da despesa para o próximo ano foi fixado em R$ 4,82 trilhões, dos quais R$ 1,88 trilhão referem-se ao refinanciamento da dívida pública, ou seja, à parte financeira.

Quando se consideram apenas os gastos primários, sem contar a rolagem da dívida pública, o valor foi definido em R$ 2,93 trilhões.

Salário mínimo

O relator do Orçamento de 2022 elevou o valor do salário mínimo, passando dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.211,98 (R$ 1.212) no próximo ano.

Esse aumento se deve à disparada da inflação nos últimos meses. A previsão de alta do INPC, que serve de base para a correção anual do mínimo, passou de 8,4%, em agosto, para 10,18%.

O índice exato da correção do salário mínimo, entretanto, só será realmente conhecido no início de janeiro, quando for divulgada a alta do INPC do ano fechado de 2021.

De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

PEC dos Precatórios e Auxílio Brasil

A proposta do relator também traz uma nova previsão para o espaço para gastos no Orçamento aberto com a aprovação da PEC dos Precatórios.

A PEC foi uma solução encontrada pelo governo para poder ter mais recursos para gastos no ano que vem e viabilizar o pagamento de parcelas de R$ 400 no Auxílio Brasil, o programa social que substituiu o Bolsa Família.

Duas mudanças foram feitas com a aprovação da PEC:

  • redução do valor que o governo terá que gastar a partir do ano que vem com o pagamento de precatórios, que são dívidas reconhecidas em decisões judiciais das quais a União não pode mais recorrer;
  • alteração da regra do teto de gastos, que limita o aumento das despesas do governo de um ano para o outro.

O governo estimava que as duas mudanças permitiriam ao governo gastar R$ 106 bilhões a mais no ano que vem.

Porém, de acordo com relatório de Hugo Leal, esse espaço será de R$ 113,1 bilhões em 2022. Desse total, conforme o relator informou, R$ 54,39 bilhões foram destinados ao Auxílio Brasil. Esse valor se soma aos R$ 34,67 bilhões já previstos anteriormente para o Bolsa Família, que foi encerrado recentemente.

Com isso, a dotação total do Auxílio Brasil, que pretende pagar um benefício mínimo de R$ 400 para mais de 17 milhões de famílias, passou para R$ 89,06 bilhões no próximo ano.

Além dos gastos com o Auxílio Brasil, a PEC dos Precatórios, segundo cálculos divulgados na semana passada pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, também abriu um espaço adicional de mais de R$ 30 bilhões para outras despesas.

Fonte: G1

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais