O deputado Heráclito Fortes já definiu seu futuro: deixa o PSB e ingressa no DEM. O deputado Átila Lira pode seguir o mesmíssimo caminho. E o terceiro representante do PSB piauiense no Congresso, o deputado Rodrigo Martins, está a ponto de tomar uma decisão. Tem três opções. A primeira, ingressar no PRB. A segunda, assinar ficha de filiação no mesmo DEM de Heráclito e (provavelmente) Átila.
Mas a decisão Rodrigo tem um ingrediente a mais: o tio, o ex-governador Wilson Martins, que preside o PSB no Piauí. Daí, as opções do deputado incluem a possibilidade de permanecer no partido. Isso dependente mais do tio que dele mesmo.
Segundo tem repetido a interlocutores, Rodrigo diz que não sairá do PSB sem um entendimento com Wilson. E se o ex-governador avaliar que a melhor estratégia for permanecer na sigla socialista, ele fica.
Rodrigo já teve conversações com o PRB, que aqui no Piauí tem como principais referências o deputado estadual (e secretário estadual de Trabalho) Pastor Gessivaldo e o vereador (e secretário municipal) Pastor Levino. É uma sigla que tem fortes vínculos com a igreja Universal. Mas o deputado do PSB tem excelente relação com Gessivaldo e Levino.
Rodrido estaria bem na sigla, a não ser por um detalhe: é um partido governista, aliado de Wellington Dias. Para assinar ficha no partido, teria que ver o PRB mudar de caminho. É ver para crer.
No caso da opção pelo DEM, Rodrigo recebeu o convite diretamente do seu xará Rodrigo Maia, o presidente da Câmara e principal articulador da sigla. Não tem impedimento nem pessoal nem político para seguir Heráclito e Átila, até porque seria a garantia de estarem juntos na oposição.
A grande questão é o PSB
A indefinição de Rodrigo Martins esbarra mesmo é no PSB. A relação do deputdo com a direção nacional é muito ruim. Aliás, a atual direção está reduzindo a bancada federal do partido a menos da metade. E Rodrigo só não saiu ainda porque não quer sair sem ser acompanhando Wilson Martins.
Além do confronto da direção nacional do PSB com a bancada parlamentar, o partido está sem rumo. Pode seguir o PT nas eleições de 2018, o que seria um problema a mais para Rodrigo. Também pode lançar um candidatop próprio: o convite já foi feito a Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo.
No cálculo político local, o deputado só tem um caminho: estar na oposição a Wellington Dias. E a indefinição quanto ao rumo nacional do país deixa Rodrigo em desconforto ainda maior.
Fonte: CidadeVerde