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26 de abril de 2024
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Devastada pelo fogo, ‘mata’ em Bocaina só vai se recuperará daqui a 15 anos

Bocaina enfrenta uma tragédia ambiental: As consequências de um dos piores incêndios já registradas no Morro Grande, um dos símbolos da cidade, de acordo com o wikipédia é a montanha mais alta do estado do Piauí com 1.345 metros de altitude, com área de 275,16 km².

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Morro Grande no final de novembro do ano passado, foram 10 dias em chamas, o suficiente para destruir cerca de 18% da vegetação, as arvores que não foram queimadas morreram pelas altas temperaturas, sem falar na morte de dezenas de animais nativos do morro.

O incêndio começou por uma queimada irregular em uma propriedade próxima ao morro, o mau planejamento aliado ao tempo seco fez com que as chamas logo saíssem do controle, sem nada feito pelo autor do incêndio ou pelas autoridades, a população apelou pela fé, e muitos fizeram “rezas de apagar fogo” outros pediram a Deus que apagasse tal fogo, que já ameaçava as casas de quem reside próximo ao morro, felizmente o que se sabe é que na noite do dia 10 de dezembro de 2017, não se via mais as chamas e nem fumaça.

Com a chegada das chuvas no incio de 2017, toda a caatinga rejuvenesceu, fato comum que acontece sempre nas primeiras chuvas, o que era cinza, volta a ser verde, e aí percebeu-se o tamanho do estrago, de longe é possível ver a mata seca e queimada se destacando das verdes que sobreviveram, o fogo atingiu os lados oeste e sul do morro que dão vista para a cidade de Bocaina.

A equipe do BocainaNews entrou em contato com geógrafo Marcos Mucing e o mesmo solicitou imagens do local para fazer uma avaliação previa do desastre, após ver a imagens, Marcos disse que não se trata apenas de um desastre que chega ao fim com o apagar da última chama, seus efeitos devem se prolongar por mais de uma década em um local onde caatinga e cerrado se encontram.

“Se não passar fogo por ali (de novo), em 15 anos é que algumas áreas começarão a se recuperar”, diz o geógrafo coordenador de projetos da ONG Conservação Internacional na região da BA, onde vive desde a década de 1990.

Segundo ele, esse é o prazo para que a mata esboce uma reação, os campos de cerrado se recuperam mais rápido, já a caatinga demora mais.

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Fonte: Com informações do Bocaina News

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