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24 de abril de 2024
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Diplomas: grupo falsificou carimbos e assinaturas de funcionários, diz Seduc

O superintendente de ensino da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Carlos Alberto, afirmou que carimbos e assinaturas de funcionários do órgão foram fraudados pelo grupo – denunciado pelo Cidadeverde.com – que vendia diplomas falsos do ensino médio na internet. Ontem (12), o estudante universitário Cássio Anderson Chaves Almeida, 20 anos, foi preso em flagrante, durante a entrega de um dos documentos no Teresina Shopping. Veja vídeo.

“Esperamos que o delegado apure os fatos. Com certeza o carimbo deve ser o mesmo expedido por nós, porque é fácil fazer um carimbo, mas as assinaturas não são dos nossos funcionários”, declarou o superintendente.

Em nota, a Seduc explicou ainda um “erro” de falsificação cometido pelo grupo que, além de denunciar a falsificação ainda esclareceria a ausência de participação de funcionários no esquema. O diploma vendido seria de uma escola particular e tem assinaturas e carimbos da 4ª Gerência Regional de Educação (GRE), mas as GREs somente certificam diplomas de escolas públicas.

“Os diplomas e certificados de escolas privadas não podem ser autenticados por nenhuma Gerência Regional de Educação – GRE e sim na Gerência de Registro da Vida Escolar – GERVE, no edifício sede. Instituições privadas na circunferência de Teresina, não são jurisdicionados a nenhuma gerência da Seduc”, explicou a secretaria.

Veja nota completa da Seduc:

Diplomas escolares de instituições privadas devem ser protocolados na GERVE

Após denúncias de falsificação envolvendo supervisores da 4ª Gerência Regional de Educação, foi verificado junto a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) que os diplomas e certificados de escolas privadas não podem ser autenticados por nenhuma Gerência Regional de Educação – GRE e sim na Gerência de Registro da Vida Escolar – GERVE, no edifício sede. 

Instituições privadas na circunferência de Teresina, não são jurisdicionados a nenhuma gerência da Seduc. A GRE trata apenas de certificados de escolas públicas da sua própria jurisdição. Com isso, não foi ainda constatado a participação de servidor público, no suposto crime de falsificação.

De acordo ainda com o superintendente de Ensino da Seduc, Carlos Alberto, o estudante ou responsável, no caso de alunos menores, devem procurar a Gerve na Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e verificar se a escola dele está com toda a sua documentação atualizada.

“Falsificar certificado ou diploma escolar é crime. Evitem adquirir o documento através de sites na internet ou por meio de terceiros. O estudante que terminou o ensino médio em escola particular, deve estar mais atento a documentação expedida pela escola”, disse o Superintendente de Ensino da Seduc, Carlos Alberto. 

O colégio Esquadrus, que o estudante preso apresentou como sendo a escola responsável pela emissão do certificado, também negou participação no esquema. Em nota, o proprietário Paulo Leite – que tem seu nome certificando o diploma – também afirmou que sua assinatura foi falsificada.

O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) está responsável pela investigação do caso e informou que vai periciar o diploma e o histórico escolar fornecidos pelo jovem. Os delegados Carlos César Camelo e Genival Vilela realizaram a prisão.

A delegada Rejane Piauilino está presidindo o inquérito e informou que a polícia está apurando a participação de mais pessoas no esquema. No momento, somente Cássio está preso.

Esquema 

O Cidadeverde.com descobriu a venda dos diplomas após localizar anúncios nas redes sociais. Em conversa pelo Facebook, por telefone por WhatsApp, a equipe de reportagem foi informada de que o diploma custaria R$ 500 e seria entregue dentro de uma dois dias após a encomenda.

O Greco foi acionado para acompanhar o encontro e, após entregar o diploma no Teresina Shopping, Cássio foi preso. O rapaz vai responder por estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica. Caso mais pessoas estejam envolvidas no esquema, pode estar configurado ainda o crime de organização criminosa.

 

Maria Romero

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