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20 de abril de 2024
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Duas cidades do Piauí desmataram 23% de toda Mata Atlântica do país

Lançado nesta quarta-feira (17) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica traz os dados mais recentes sobre a situação dos municípios do Nordeste.

 

Com 3.134 hectares de área desmatada, a cidade de Manoel Emídio (PI) lidera o ranking nacional de supressão de vegetação natural do bioma no período 2012-2013, seguida pela também piauiense Alvorada de Gurguéia, com 2.491 hectares. Juntas, desmataram 23,4% do bioma no país, entre 2012 e 2013.

 

Entre os outros Estados da região, apenas Wanderley (BA), com 646 hectares, teve expansão comparável. No Rio Grande do Norte, o desmatamento chegou a 109 hectares em São José de Mipibu, enquanto que nenhum município dos demais Estados nordestinos registrou mais de 100 hectares de desflorestamento no período.

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Na lista dos municípios que mais preservam a Mata Atlântica, o Piauí também é líder nacional, com as duas cidades mais conservadas do Brasil: Tamboril do Piauí e Guaribas, ambos com 96% de vegetação natural. Esta preservação está ligada à existência do Parque Nacional da Serra das Confusões, uma importante Unidade de Conservação da região. Outros municípios que se destacam no Nordeste são Mucugê (BA) e Pacatuba (CE), que preservam 86% da vegetação natural do bioma.

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O estudo, com patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan, apresenta ainda um consolidado dos últimos 13 anos. As cidades nordestinas com números mais expressivos são as baianas Cândido Sales (5.531 hectares) e Encruzilhada (4.944 hectares), que ocupam respectivamente o 4º e o 7º lugar no ranking nacional de desmatamento entre 2000 e 2013.

 

Com base em imagens geradas pelo sensor OLI a bordo do satélite Landsat 8, o Atlas da Mata Atlântica, que monitora o bioma há 28 anos, utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e geoprocessamento para avaliar os remanescentes florestais acima de 3 hectares (ha). Algumas regiões, porém, tiveram a captação de imagens via satélite prejudicada em razão da cobertura de nuvens. Uma das mais afetadas é o Nordeste – na Paraíba, não foi possível verificar a ocorrência de supressão da vegetação nativa.

 

“No período 2010-2011, a área da Paraíba estava toda coberta por nuvens. Em 2011-2012, só 10% estava sem nuvens e 11% da região estava parcialmente coberta. Já em 2012-2013, mapeamos 36% do Estado, sendo que 18% estava parcialmente coberto e 45% sem imagens”, explica Flávio Ponzoni, do INPE.

 

 

 

Fonte: Com informações da Assessoria

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