Desde a última quarta-feira (21), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Piauí esteve realizando visitas nos hospitais dos municípios de Dirceu Arcoverde, Simplício Mendes, São João do Piauí, São Raimundo Nonato, Uruçupi e Floriano.
As fiscalizações contaram com a presença da presidente da Comissão, deputada Teresa Britto (PV), e do deputado Gustavo Neiva (PSB).
De acordo com a comissão, foram ouvidos, além dos prefeitos, pacientes, servidores e diretores que apontaram problemas como atrasos salariais, necessidade de reformas, atendimentos precários, equipamentos ultrapassados, dentre outros.
A parlamentar criticou a situação dos hospitais vistoriados. “É triste a situação que presenciamos nestes lugares. Em Dirceu Arcoverde, por exemplo, os servidores estão há 15 meses sem receber pagamento. Em outros, como São João do Piauí, a maternidade está muito precária. Em Floriano, presenciamos muitas dificuldades, como a estrutura dos banheiros, que precisa de reforma, e a falta de climatização em enfermarias. Temos ainda São Raimundo Nonato, que carece de implantação do serviço de atendimento a pacientes renais crônicos”, relata Teresa Britto.
“A ambulância e a lavanderia estão precárias. Em Simplício Mendes encontramos camas e berços quebrados, falta de laboratório e vários outros problemas, como a necessidade da instalação da sala de parto. Essas são apenas algumas das dificuldades que percebemos nesses locais. Tudo isso causa uma imensa revolta”, pontuou Teresa Britto
Para a deputada Teresa Britto, parte das negligências detectadas é de responsabilidade do governo estadual que não tem repassado aos municípios os recursos do cofinanciamento de Hospitais de Pequeno Porte (HPP).
“Não vamos ficar de braços cruzados diante dessa situação. Muitos desses hospitais estão sendo mantidos apenas com o esforço das Prefeituras, quando deveria haver o investimento do governo estadual também. Não é justo que os piauienses sofram tamanho descaso. Por isso, vamos incluir todas essas observações em um relatório que será encaminhado ao Governo do Estado e ao Ministério Público posteriormente”, conclui.
Fonte: Viagora
