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19 de abril de 2024
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Em área castigada pela seca, 60% da água de adutora do Poço de Marruá é furtada, segundo Agespisa

Cerca de 60% da água transportada pela adutora de Poço de Marruá é desviada. Foi o que garantiu o superintendente técnico da Agespisa, Simon Bolívar em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (12). Segundo ele, municípios como Simões, último a ser abastecido pela adutora não recebe mais água por conta da grande quantidade de desvios flagrados ao longo das tubulações.

“60% da água que le levada pela adutora é furtada. Cidades como Simões não recebem nem água. Imagine uma mangueira cheia de furos. É assim que funciona. A Agespisa não tem poder de Polícia mas está recorrendo para que se abra processo contra as pessoas que estão usando a água de forma criminosa”, revelou o superintendente.

Simon afirma que a Agespisa está percorrendo em fiscalizações toda a extensão da tubulação e revela que até um vereador de um município do interior foi flagrado usando a água furtada da adutora.

A adutora de Poço de Marruá tem capacidade de 300 milhões de metros cúbicos de água e seria suficiente para abastecer as cidades de Simões, Curral Novo, Patos, Jacobina e o povoado Ingazeira, Zona Rural de Caridade do Piauí. Porém, muitas comunidades ainda sofrem com o desbastecimento d’água, provocado pela seca e também pelas ligações clandestinas. No trecho de 25 quilômetros entre as cidades de Caridade do Piauí e Simões, por exemplo, 12 desvios foram desativados pela Agespisa.

O técnico alerta ainda para a importância da adutora para a existência de cidades como Pio IX, que segundo ele, poderiam até deixar de existir caso não existisse a canalização. “A adutora é abastecida por três sistemas. Sistema Piaus 1, sistema do Garrincho e sistema do Porto Marruá. O sistema Piaus 1 está em colapso e a água fica muito difícil de ser tratada. Municípios como Pio IX estariam prestes a sumir, por exemplo se não houvesse a construção”, explicou o superintendente.

Além do furto, outro problema são os vazamentos presentes nas linhas clandestinas, ou seja, além de furtar a água da adutora, ela ainda está sendo desperdiçada ao longo do trajeto. “A Agespisa descobriu várias ligações, mas a adutora é enterrada e é mais difícil descobrir o um vazamento. As distâncias são longas e todas as ligações serão denunciadas”, concluiu.

Cidade Verde

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