33.2 C
Jacobina do Piauí
16 de abril de 2024
Cidades em Foco
EconomiaGeral

Endividamento do Piauí chega a R$ 5 bilhões

Novos empréstimos para o Estado; dois aumentos no ICMS; a ampliação da base governista; a criação de novos cargos para os aliados e a entrega de serviços públicos para empresas privadas estão entre os destaques de 2017 no Piauí.

O governador Wellington Dias assinou contrato de empréstimo com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 600 milhões, por meio do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).

Ele também aprovou também autorização para contratar outras duas operações de créditos, uma para o Programa Nacional de Modernização da Gestão Fiscal, no valor de 50 milhões de dólares, e a outra para completar o investimento na área de infraestrutura, no valor de R$ 315 milhões.

O governo inovou ao aprovar ainda autorização para contrair  empréstimos na rede financeira privada, com juros mais altos. No atual mandato, a dívida do Estado aumentou em mais de R$ 5 bilhões só através de empréstimos. O governo alega, no entanto, que o Estado não exauriu a sua capacidade de endividamento.

Aumento de impostos

O governo aprovou dois aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) – um em julho e o outro em novembro.

Os novos aumentos serão cobrados a partir da próxima terça-feira, dia 2. O aumento da carga tributária implica o reajuste automático de preços de produtos e serviços.

Quem consome acima de 200 kilowatts/hora de energia elétrica terá uma alíquota de ICMS de 27%. Para combustíveis líquidos derivados do petróleo (exceto óleo diesel, querosene iluminante e óleo combustível), a alíquota sobe para 31% – e também os não derivados do petróleo – 22%.

A cobrança do imposto nas prestações de serviços de comunicação, como telefonia, chegaria a 30% a partir de janeiro de 2018. Também vai subir a alíquota do fumo e seus derivados, de 29% para 35% .

Fundo Previdenciário

O Governo conseguiu também aprovação da Assembleia para usar recursos de decisões judiciais favoráveis ao Estado e de operações de crédito para aportes aos Fundos de Previdência Social dos Servidores do Estado do Piauí.

Na prática, verbas oriundas de empréstimos poderão ser usadas para pagar servidores que integram o Fundo Previdenciário. Ou seja, recursos que seriam para investimentos poderão ser usados na folha de pagamento de pessoal.

Foto: Cidadeverde.com

Posse de novos coordenadores: PMDB no governo

Base se amplia

A base governista se elasteceu com a entrada do PMDB no governo. Para acomodar os novos aliados, o governador criou nove coordenadorias, com nove cargos de confiança cada uma.

Até hoje, elas não disserem a que vieram. Até os endereços desses novos órgãos são de difícil localização pelos deputados da oposição.

A ida da bancada do PMDB para o governo não tornou o partido 100% chapa branca. O ex-ministro João Henrique Sousa, vice-presidente estadual da sigla e presidente nacional do Sesi, manteve acesa durante todo o ano a chama oposicionista do partido.

Ele percorreu o Estado com a ‘Caravana Piauí em Movimento’, pregando junto às bases peemedebistas a tese da candidatura própria ao governo.

Foto: Divulgação

João Henrique leva tese da candidatura própria do PMDB às bases

Nova gestão 

O Programa de Parcerias Público-Privadas andou. Os terminais rodoviários de Teresina, Floriano e Picos foram repassados à iniciativa privada. Do mesmo modo, a antiga Ceasa. Os serviços melhoraram consideravelmente depois que passaram às mãos da iniciativa privada.

A investida mais ousada do governo nessa área das PPP’s foi, no entanto, com a subconcessão dos serviços de água e esgoto da zona urbana de Teresina. Desde julho, eles estão com a empresa Águas de Teresina. A licitação foi questionada pelo Tribunal de Contas e a empresa opera o sistema através de uma liminar.

A melhoria do sistema também é reconhecida depois que a iniciativa privada assumiu o serviço.

Foto: Divulgação

Águas de Teresina assume gestão dos serviços de água e esgoto na capital

Em dia

O Piauí fechou o ano sem que se confirmasse a previsão da oposição de que o Estado atrasaria o pagamento dos servidores. A ideia do atraso foi alimentada pelo próprio governo, numa espécie de pegadinha para aprovar seus empréstimos. A oposição caiu nela. O governo não só honrou todo o calendário de salários de 2017, como anunciou o de 2018.

Ciro Nogueira foi o avalista de Wellington em Brasília

Ciro impera

Ainda no plano político, outro destaque foi para a atuação do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas. Ciro impera no Piauí. Ele mostrou ao longo do ano que é o político de maior prestígio em Brasília, carreando recursos para o Estado e para os municípios.

Apesar do prestígio de que desfruta no governo Temer, abrindo portas para pavimentar a sua reeleição, o senador avisou que se Lula for candidato a presidente votará nele.

 

Fonte: CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais