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25 de abril de 2024
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Energia eólica transforma a realidade no sertão do Piauí

Em 2016, o setor de energia eólica no Brasil passou a ter capacidade instalada de 10 GW e a expectativa é que este total dobre em cerca de três anos, passando para pouco mais de 20 GW em 2019, de acordo com estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). Dentro desta previsão, o Nordeste e, principalmente, a Chapada do Araripe atuarão como protagonistas desse crescimento.

Os bons e fortes ventos que passam pela região da Chapada, castigada pela seca, estão mudando a paisagem e as condições de vida da população do interior do Piauí. O que poderia ser encarado como o início de uma época perdida está despontando como um renascimento para os moradores que vivem na fronteira entre Piauí, Pernambuco e Ceará.

Nascido e criado em Marcolândia, no limite do Piauí com Pernambuco, Paulo Alves de Carvalho, 58, viu de perto os altos e baixos da região. Comerciante há mais de dez anos, sua família tocava uma barraca de lanches e petiscos na Barragem do Macedo, próximo a Marcolândia, quando o movimento de engenheiros e pesquisadores que vinham erguer torres de medição da velocidade dos ventos se intensificou. O negócio cresceu junto com a chegada das construtoras que começaram a erguer os primeiros complexos eólicos na Chapada do Araripe. Para atender a demanda que vinha almoçar, a família teve a ideia de alugar o ginásio do clube da cidade para servir as refeições. “Chegamos a atender mais de 400 pessoas em um dia”, afirma Paulo.

Mais do que a criação de empregos em si, é a geração e circulação de renda que têm transformado a realidade e as perspectivas dosmoradores de Simões, também no extremo Piauí. Eraldo Francisco, 39, agricultor e criador de mais de 60 aves, observa de longe os animais lado a lado com uma plantação de mandioca e os três aerogeradores instalados em sua propriedade. “As turbinas acabaram de ser instaladas e não vejo a hora de funcionarem para eu receber o meu percentual sobre a venda de energia delas”, afirma Eraldo, que pretende fazer melhorias em casa e na plantação com o dinheiro recebido da parceria estabelecida com a companhia que o procurou para instalar as torres em seu terreno.

Estas duas histórias fazem parte de nova realidade que vem sendo impulsionada pelo aproveitamento do potencial eólico da região. Somente a Casa dos Ventos, principal desenvolvedora de projetos na região da Chapada do Araripe, prevê a aplicação de cerca de R$ 6,5 bilhões nos próximos anos em projetos que incluem pesquisas, arrendamento de terras, aquisição, instalação e manutenção de equipamentos e melhorias em infraestrutura. “Além de identificar os maiores recursos eólicos no país, estimulamos de forma sustentável o desenvolvimento das cidades com as quais fazemos pesquisas de viabilidade e implantamos nossos projetos”, comenta Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da companhia.

Sobre a Casa dos Ventos

A Casa dos Ventos é uma das pioneiras e maiores investidoras no desenvolvimento de projetos eólicos no Brasil. Há nove anos no mercado, a empresa é responsável pelo maior número de projetos que venderam energia nos leilões e no ambiente de contratação livre. Além de ter desenvolvido aproximadamente 30% de todos os empreendimentos em implantação ou operação no país, a empresa é detentora do maior portfólio de projetos eólicos do Brasil. A sede corporativa da companhia é na cidade de São Paulo e seus projetos eólicos estão localizados no Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia e Piauí.

 

 

Da Redação, [email protected]

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