18 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralPiauíSaúde

Enfermeiros do setor covid têm corte de quase 50% no salário

Coronavírus -Leito de UTI Covid no Piauí — Foto: CCOM

Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí protestam contra a redução de quase 50%  nos salários.  Erick Ricelly, presidente do Senatepi, sindicato da categoria, conta que, com os cortes salariais, um profissional do setor covid recebe cerca de R$ 100 por plantão.

“É algo preocupante. Cortes por cima de cortes em seus salários. Pessoas que até ontem eram chamados de herois e agora, no meio da pandemia, se deparam com seu contracheque quase pela metade. Nesse momento, quem está no setor covid, teve seu plantão cortado pela metade. R$ 100 um plantão. Além disso, cortou o adicional de insalubridade que era 20% para estar nesse setor, cortou também o adicional do valor do plantão, o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) alegando que o programa acabou e acabou mesmo, só que mudou de nome para Previne. 10 plantões por R$ 547 para uns  e 10 plantões por R$ 800 para outros não é salário digno que se pague para profissional que se dedica para que a saúde de Teresina funcione”, expõe Ricelly.

Por outro lado, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, explica que o corte ocorreu porque o Ministério da Saúde parou de custear despesas covid em dezembro de 2020.

“Até o mês de dezembro, o Ministério da Saúde custeava as despesas covid como um todo, inclusive, o adicional que pagavam de 40% de insalubridade. Mas isso, foi até 31 de dezembro. Quando assumimos em janeiro já havia sido suspenso esse repasse financeiro”, explica Albuquerque.

“Em uma conversa com o prefeito, a gente manteve até o mês de janeiro com recursos próprios da prefeitura, mas não tem como a prefeitura custear uma despesa dessa que era do Ministério da Saúde. Então, cortou-se esse repasse de covid como um todo, tanto para ajuda de custo da Fundação quanto para essa insalubridade a mais que os servidores recebiam”, completa o presidente da FMS.

Sobre o antigo PMAQ, ele conta que foi suspenso em 30 de agosto e explica por que o município não aderiu ao programa Previne Brasil, que substituiu o anterior. O impacto financeiro para a prefeitura de Teresina seria de R$ 12,5 milhões.

“A adesão ao Previne Brasil paga um percentual da despesa, o outro percentual quem paga é o município. Como o município não havia previsto esta despesa, ele nem consta na previsão orçamentária da prefeitura. Estamos aguardando que sejam definidas as despesas covid para saber o que podemos gastar. Até então, a prefeitura está mantendo sozinha, atráves da FMS, toda a despesa covid que foi acrescentada ao sistema de saúde”, explica Gilberto Albuquerque.

Fonte: Graciane Sousa / CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais