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16 de abril de 2024
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Estados abrem 1.400 leitos de UTI para Covid-19, mas ocupação segue alta

Foto: MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Oito estados brasileiros estão com ocupação cima de 70% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para o tratamento da Covid-19, sendo Ceará e Pernambuco acima de 90% e Maranhão e Rio de Janeiro acima de 80%.

O cenário preocupante se mantém mesmo com a forte expansão do número de leitos de terapia intensiva registrada na última semana. Ao todo, os estados abriram mais de 1.400 novos leitos de UTI, um avanço de 12% em relação à semana anterior.

O avanço foi possível com a inauguração de novos hospitais de campanha, a chegada de novos ventiladores pulmonares, a aquisição de leitos da rede privada e o remanejamento interno de leitos dentro da própria rede pública.

Os estados de Pernambuco e Ceará seguem entre os que registraram maior ocupação dos leitos de terapia intensiva, em um patamar acima de 90%. O Amazonas não informou os dados, mas a reportagem apurou que os leitos estão praticamente em sua capacidade máxima.

Outros seis estados têm ocupação acima de 70%: Rio de Janeiro, Pará, Maranhão, Rio Grande do Sul, Alagoas e Acre. Espírito Santo e São Paulo aparecem na sequência com 68% de ocupação.

Dentre os estados brasileiros, São Paulo foi o que mais conseguiu expandir a rede para atendimento de pacientes graves da Covid-19, com a inclusão de 658 novos leitos de UTI na última semana.

Nesta segunda-feira (11), o estado tinha 5.675 leitos de terapia intensiva, sendo 3.871 ocupados com casos confirmados ou suspeita de Covid-19. Na Grande São Paulo, a taxa de ocupação tem ficado acima de 85%.

O Rio de Janeiro, que estava próximo de um cenário de colapso, teve um alívio nesta semana com a inauguração de mais dois hospitais de campanha e a abertura de 148 leitos de UTI. Em uma semana, a taxa de ocupação das UTIs estaduais caiu de 97% para 83%.

A expectativa, contudo, é que a ocupação volte para um patamar acima de 90% com a transferência de pacientes que estavam em leitos clínicos. Nesta segunda, o estado registrava fila de 447 pessoas aguardando por leitos de UTI, quase cem pessoas a mais do que uma semana antes.

O governador Wilson Witzel (PSC) só abriu três dos dez hospitais de campanha ou modulares que havia prometido até abril, disponibilizando 190 das 990 vagas previstas. Todos ficam na capital.

Em Pernambuco, o sistema de saúde permanece em estágio de colapso. Dados da central de regulação de leitos referentes a esta segunda-feira (11) indicavam que 284 pacientes com síndrome respiratória aguda grave aguardavam na fila por uma vaga de UTI.

Mesmo reconhecendo o tamanho da fila, a Secretaria de Saúde de Pernambuco informa que há uma ocupação de 96% dos 532 leitos criados exclusivamente para doentes com suspeita de Covid-19.

Em situação semelhante, o Ceará possui 90% dos leitos de terapia intensiva para Covid-19 ocupados. Ao todo, o estado tem 481 UTIs na rede pública destinadas ao tratamento da doença.

Na última semana, o governo do Ceará abriu novos leitos de terapia intensiva no Hospital Leonardo da Vinci e Hospital de Campanha de Messejana. O governo aguarda ainda a chegada de 200 respiradores adquiridos no exterior para ampliar a oferta de UTIs na rede pública.

Um dos primeiros estados a ter o sistema público de saúde em colapso, o Amazonas informou que tem 170 pacientes em leitos de terapia intensiva, sendo 103 na rede pública e 67 na rede privada.

Profissionais de saúde do estado relatam à reportagem que as UTIs da rede estadual em Manaus, a única cidade do estado com esse serviço, estão trabalhando praticamente na capacidade máxima.

O Pará, que decretou bloqueio total em nove cidades do estado nesta semana para reduzir o avanço do novo coronavírus, informou que tem 77,3% dos leitos ocupados. O estado conseguiu expandir sua rede de atendimento para pacientes graves, mas também enfrenta problemas com respiradores.

Outro estado que enfrenta problemas é o Acre, que viu a sua rede de leitos de terapia intensiva cair de 38 para 27 leitos em uma semana.

Segundo o governo do estado, a redução ocorreu porque a rede particular voltou atrás no fornecimento de leitos intensivos para a rede pública. Com a redução da oferta, 70% dos leitos de UTI para Covid-19 estão ocupados.

O estado de Roraima, que na semana passada tinha 100% das UTIs ocupadas, nesta semana não encaminhou informações sobre a ocupação de leitos à reportagem. O governo do estado, contudo, informou que ampliou o número de leitos de terapia intensiva para 38 na rede pública.

Fonte: FOLHAPRESS

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