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29 de março de 2024
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Estudo feito no Piauí, revela que Profissionais e usuários de serviços de estética e beleza podem ser veiculadores doenças como HIV, Hepatite B e C

Um estudo realizado em oito cidades do Piauí, sendo elas: Alegrete, Bela Vista do Piauí, Belém do Piauí, Campo Grande, Conceição do Canindé, Jaicós, São Francisco de Assis do Piauí e Vila Nova indicam que os profissionais que trabalham no ramo de estética e beleza estão expostos a contrair doenças como HIV, Hepatite B e C, fungos e bactérias. Além disso, os clientes destes profissionais podem estar se infectando ou repassando as doenças citadas, caso as medidas de higiene adotadas pelos donos de estabelecimentos comerciais não sejam tomadas. Nestes locais, geralmente, sempre há o uso de materiais perfuro-cortante, como alicates, lâminas de barbear, agulhas, etc.

            Quando o material é reutilizável, este deve ser esterilizado, mas como as pessoas não têm recursos financeiros para comprar equipamentos como autoclave e estufa, recomenda-se que o cliente leve o seu próprio utensílio, quando for o caso, por exemplo, em manicures, pedicuro e cabeleireiros.

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            Biólogo Adauto Francisco de Figueiredo

Dentre as cidades que participaram do estudo, e forneceram dados apenas a cidade de Jaicós apresentou casos de HIV registrados na secretaria de saúde nos últimos 5 anos.  É importante ressaltar que o vírus da hepatite B é muito resistente, e pode sobreviver por até 6 dias nos utensílios contaminados, a uma temperatura ambiente, além do mais, a taxa de infecção do vírus da hepatite B pode chegar a ser 100 vezes maior do que o vírus causador da AIDS o HIV e 10 vezes maior que o vírus causador da hepatite C.

 

            Nesse sentido, a secretaria de saúde do município tem um papel importantíssimo, pois é o órgão que regula e deve publicar normas com o padrão de funcionamento de cada estabelecimento comercial, além disso, deve manter um cadastro atualizado (pelo menos 1 vez por 1 ano) com todos os profissionais que atuam no ramo da estética e beleza no município, tanto na zona urbana quanto zona rural.

            Apesar de a literatura científica dar maior ênfase a veiculação de doenças como hepatite B e C principalmente por meio de utensílios utilizados por manicures ou pedicuro, este estudo evidenciou que nas secretarias de saúde há mais cabeleireiros cadastrados do que manicures ou pedicuros, sendo respectivamente 22 cabeleireiros e três manicures ou pedicuros. É importante ressaltar que neste estudo, a secretaria de saúde, através da vigilância sanitária só cadastra profissionais que trabalham em um ponto comercial fixo. Porém, o estudo demonstra que profissionais informais, principalmente manicures ou pedicures, que muitas vezes fazem serviço em domicílio também devem estar cadastrados junto ao órgão de saúde municipal, pois caso haja algum surto de alguma doença relacionada a esses serviços tem como fazer um rastreabilidade.

            E como geralmente esses profissionais têm um baixo grau de escolaridade, onde predomina o ensino fundamental e ensino médio. Cursos de capacitação devem ser oferecidos por órgãos públicos com freqüência

O trabalho foi publicado e apresentado com  título “Monitoramento da biossegurança, em serviços de estética e beleza, por municípios da mesorregião do Sudeste do Piauí” em maio, em um evento internacional, o III Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica.

O Trabalho foi coordenado pelo Biólogo Adauto Francisco de Figueiredo que é pós-graduado em Análises Clínicas e Toxicologia pelo Centro de Ciência da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco – Recife – PE; e também é docente do Curso Técnico em Análises Clínicas do Colégio Lucinete Santana

Mais informações mandem um e-mail para [email protected]

 

Do FN Noticias 

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