25.9 C
Jacobina do Piauí
23 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralPolícia

Família do cabo Samuel desabafa: soltura de acusado reflete “descrença” na Justiça

A família do cabo Samuel Borges classificou a soltura do policial militar do Maranhão, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, acusado de matá-lo na frente do filho da vítima, como “revoltante”. Ela, inclusive, teme pela própria segurança, com a liberdade do acusado.

“Receber essa notícia é muito revoltante. Com certeza, o meu filho vai ficar triste, mais triste ainda.  Ele tirou a paz da gente; acabou com a paz da nossa família”, disse a viúva Jaysse  Borges.

A mãe de Samuel, Isabel Borges, diz que já se passaram nove meses desde a morte do seu filho e teme morosidade da Justiça para punir o culpado. “A descrença está aqui”, desabafa ao relembrar das notícias envolvendo o policial com homicídios anteriores ao do cabo.

O promotor de Justiça, Ubiraci Rocha, que acompanha o caso, mas, neste momento, passa por temporada de estudos na Alemanha, informou à TV Cidade Verde que o  Ministério Público do Piauí irá avaliar essa decisão: “se é possível ou se é procedente o recurso, que certamente o é, mas irá analisar se é interessante recorrer ou deixar que ele seja julgado de imediato pelo Tribunal Popular do Júri”.

Cidadeverde.com entrou em contato com a assistência da acusação, o advogado Walter Naftale relatou que irá recorrer da decisão da soltura independente do posicionamento do Ministério Público. O site tenta localizar a defesa do policial militar. Na oportunidade, afirma que o espaço está aberto para Defesa.

A reportagem do Jornal do Piauí apurou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o assassinato do cabo, encaminhou o processo envolvendo o policial militar para a Corregedoria da Polícia Militar do Maranhão. A corregedoria poderá expulsá-lo dos quadros.

Soltura 

O juiz da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri,  Antônio Nolêtto, relaxou a prisão preventiva do policial militar do Maranhão, Francisco  Ribeiro dos Santos Filho. A decisão foi publicada nessa quinta-feira (10). Com a decisão, o acusado vai responder em liberdade enquanto aguarda o julgamento no Tribunal do Júri. A decisão levou em consideração que o acusado não responde a nenhuma outra ação penal, e seus antecedentes são “bons e primários”.

Após ser solto, o policial militar Francisco Ribeiro deverá cumprir as seguintes medidas cautelares:  não se ausentar temporariamente ou definitivamente do município de sua residência, sem a devida autorização; comparecer a todos os atos do processo para os quais for intimado; informar sobre eventual mudança de endereço e não praticar outras condutas delitivas.  O descumprimento fará Francisco retornar ao sistema prisional.

A decisão reforçou que  “o acusado respondeu regularmente ao processo, participando, tempestivamente, de todos os atos processuais para os quais foi intimado, razão pela qual a instrução processual pôde ser concluída em tempo razoável”.

Carlienne Carpaso (com informações da TV Cidade Verde)

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais