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19 de abril de 2024
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Famílias denunciam morte de bebês e acusam hospital de negligência no PI

Duas famílias denunciam que uma negligência médica causou a morte dos seus filhos. Os bebês nasceram no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, e vieram a óbito com poucas horas de vida. O caso está sendo investigado pela polícia.

Segundo o senhor Francisco Vieira de Sá pai de um dos bebês, afirma que sua esposa Célia Josefa de Sousa foi internada na manhã do dia 20 de janeiro para fazer uma cesariana. Sua filha nasceu às 13 horas e 55 minutos do dia 21 e faleceu às 21 horas e 50 minutos.

Chapolin como é conhecido disse para a reportagem, e consta no boletim de ocorrência, que sua filha nasceu em estado de saúde normal, e que em virtude de negligência por parte do hospital e do médico César Amaral Guimarães sua filha veio a óbito. O pai do bebê afirma que o médico demorou a transferir sua filha para ser atendida em Teresina, e relata ainda que o mesmo profissional de saúde ordenou que fossem aplicadas três injeções de adrenalina no bebê e que logo após ter aplicadas as injeções, a criança teria diminuído a temperatura corporal vindo a falecer pouco tempo depois.

Na declaração de óbito assinado pelo médico Augusto César do Amaral Guimarães consta como diagnóstico, Insuficiência Respiratória Aguda.

Inconformado com a perda da filha, o pai Francisco Vieira de Sá resolveu procurar a polícia.

O boletim de ocorrência foi registrado no 2º DP de Floriano no dia 31 de janeiro.

Drama parecido ou pior viveu a senhora Ivonilde Barbosa de Sousa Gomes Costa da cidade de Paes Landim, grávida de gêmeos, ela teve o diagnóstico de suspeita de morte dos bebês antes da realização de uma cesariana no hospital regional Tibério Nunes em Floriano.

De acordo com Ivonilde ela chegou ao Hospital por volta das 16horas do dia 17 e foi atendida pelo médico Rosendo que fez o exame do toque e colocou um aparelho para ouvir os batimentos cardíacos dos bebês. “O médico falou que não era possível ouvir os batimentos cardíacos dos bebês porque a placenta estava alta e orientou que eu fosse para a casa das gestantes, mas optei ficar na casa de um parente. Às 4 horas da madrugada retornei para o hospital e fui novamente examinada pelo médico Rosendo, sendo que desta vez ele fez apenas o toque e não colocou o aparelho para tentar ouvir os batimentos cardíacos dos bebês. Logo depois de me examinar ele solicitou que fosse feito um ultrassom”, diz.

No hospital não havia médico para fazer o exame, então Ivonilde fez a ultrassom por volta do meio dia em uma clínica particular, e retornou ao Hospital Tibério Nunes para mostrar o resultado. Dessa vez ela foi atendida pelo médico Erisvaldo que confirmou que os dois bebês já estavam mortos, revelou a mãe muito emocionada. “Logo em seguida o médico disse que ia esperar as crianças nascerem, e se até o dia seguinte não nascesse ele faria a cesariana”, afirmou.

Após ser pressionado pela acompanhante da gestante o médico Erisvaldo fez o parto às 20 horas e 30 minutos do dia 18 afirmou Ivonilde.

Ivonilde Barbosa e seu esposo José Erasmo reclamam ainda do hospital de Paes Landim. Ela afirma que no dia 17 quando procurou o hospital local não foi examinada por nenhum profissional de saúde, e que não deram um encaminhamento para o hospital regional Tibério Nunes e que viajou para Floriano na ambulância do município de Paes Landim com outra mulher gestante que estava com a pressão alta, sentindo dores e tiveram que dividir a mesma maca da ambulância.

“Optei por ter as minhas filhas no hospital de Floriano por acreditar que tinha uma melhor estrutura e lá eu teria uma maior garantia de ocorrer tudo bem e eu retornar para casa feliz com minhas filhas, mas percebo que tomei a decisão errada, não era como eu pensava, muito diferente”, pontuou.

Durante a conversa com o correspondente do Portal AZ,  Ivonilde Barbosa se emocionou por várias vezes  explicando tudo o que ela passou. Na declaração de óbito assinado pelo médico Dionísio Martins de A Costa consta como diagnóstico “NatiMorto” devido como consequência Ignorada.

José Erasmo e sua esposa Ivonilde acreditam que a demora em fazer o parto tenha contribuído de forma decisiva para a morte dos bebês.

Questionada pelo correspondente do Portal AZ, se vai mover uma ação na justiça, Ivonilde Barbosa respondeu que neste primeiro momento não, mas que essa decisão pode não ser definitiva.

Veja abaixo o registro feito na Delegacia de Polícia e a certidão de obito das crianças:

 

O Portal AZ entrou em contato com a Secretaria de Saúde mas até a publicação da reportagem não obteve retorno.

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