33.2 C
Jacobina do Piauí
26 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralNordeste em Foco

Fones de ouvido aumentam risco de perda auditiva entre os jovens

Foto: Pixabay

Observe nas ruas, nos ônibus, nas academias. É muita gente com fones no ouvido escutando música, não? Até aí tudo bem, a música é parte essencial de nossa vida, relaxa e faz o tempo passar mais rápido. O problema não está na música e, sim, no volume da melodia que entra por nossas orelhas.

Os fones de ouvido também foram – e ainda têm sido – um acessório indispensável durante a pandemia da Covid-19. Estão presentes nas reuniões virtuais de trabalho, nas aulas on-line e durante as chamadas de vídeo ou áudio com amigos e familiares. Quem está fazendo home office não abre mão deles. Mas se por um lado os fones são úteis, podem também causar danos à audição e provocar perda auditiva precoce.

“É preciso cuidado com o volume do áudio e com o período de uso. Se houver excessos, podem surgir zumbidos, além de danos auditivos”, alerta a fonoaudióloga Rafaella Cardoso.

Qualquer som muito elevado, por tempo prolongado – pode ser um barulho indesejável ou a música preferida em volume alto – gera uma energia sonora que, quando intensa e contínua, lesa a delicada estrutura anatômica auditiva. O resultado pode ser um zumbido desagradável e/ou perda de audição progressiva e, o que é pior, irreversível. E isso pode acontecer em qualquer idade, inclusive entre os jovens.

A febre do uso dos fones preocupa a Organização Mundial de Saúde. (OMS). De acordo com a entidade, mais de 1 bilhão de jovens no mundo correm o risco de desenvolver problemas de audição diante da exposição prolongada e excessiva a sons em volume alto, principalmente por meio dos fones de ouvido. O alerta da OMS veio junto com a publicação, em 2019, de novos padrões para a produção de produtos tecnológicos que, segundo a entidade, estão contribuindo para a atual situação. A estimativa é de que esse risco atinja 50% da população entre 12 e 35 anos de idade.

“A grande preocupação é com o efeito cumulativo para a saúde auditiva. Dependendo do volume e do tempo de exposição ao som elevado, além de predisposição genética, o indivíduo sofre danos cada vez mais severos na audição, de forma contínua, ao longo da vida. E as novas gerações serão as maiores vítimas, principalmente agora que o equipamento está sendo usado com mais frequência”, esclarece a fonoaudióloga que complementa: “Ao usar fones, evite ultrapassar a metade da potência do aparelho”.

Existem vários tipos de fones de ouvido. O melhor é o do tipo circumaural, que envolve toda a orelha, o que ajuda a isolar bem o som externo, permitindo melhor qualidade de som e evitando, assim, que o usuário aumente o volume. Já os fones supra-auriculares também são grandes, mas, em vez de envolverem as orelhas, ficam sobre elas e, por isso, o bloqueio do som ambiente é menor.

Os mais usados ainda são os fones auriculares porque eles já vêm junto com os smartphones. Esses não bloqueiam a entrada dos sons do ambiente e, deste modo, para conseguirem ouvir melhor a programação sonora, muitas pessoas costumam aumentar o volume do aparelho, trazendo riscos à audição.

Existem ainda os fones intra-auriculares, que se encaixam dentro do canal auditivo e permitem um bom isolamento sonoro. Eles podem ser encontrados nas versões Bluetooth e True wireless, mas podem incomodar após muitas horas de uso. Além disso, é bom redobrar o cuidado com o volume do som, pois com esse tipo de fone são maiores os riscos de danos auditivos.

Da Redação / CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais