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28 de março de 2024
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Fotógrafos piauienses ganham concurso ao retratar pandemia em Teresina

Os fotógrafos piauienses Thiago Amaral e Maurício Pokemon são dois dos vencedores do concurso nacional Arte com Respiro: múltiplos editais de emergência, do Itaú Cultural. Eles estão entre os 40 selecionados dentre os mais de 8 mil inscritos no concurso. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (20).

Amaral trabalha com fotografia profissional há 15 anos. Ele relata que o concurso tinha como foco retratar as novas rotinas criadas a partir da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

A série fotográfica apresentada pelo Amaral demonstra o sentimento de fé e esperança dos moradores do bairro Santa Fé, na zona Sul de Teresina. Vizinhos rezam – cada um em suas portas – pedindo a cura da doença e o fim da pandemia.

“Tivemos essa mudança: antes o comum era as pessoas irem até as igrejas, mas, devido a necessidade de evitar aglomeração, que é uma das recomendações para reduzir a transmissão do novo coronavírus, as pessoas que tinham esse costume passaram a fazer as orações na frente das suas casas já que também o recomendado é não receber visitas “.

Amaral também relata que devido a pandemia muitos trabalhos precisaram ter a data adiada. “Participar desse concurso também foi uma oportunidade de fazer aquilo que eu amo, além de documentar essa nova realidade. O tema do trabalho era falar dessa suspensão social provocada pela pandemia e o impacto desse atual momento na vida em sociedade”.

Para fazer as fotografias, o fotógrafo ressaltou que obedeceu os critérios de prevenção recomendados pela Organização Mundial de Saúde, como o uso de luvas, máscara e álcool em gel.

A série ganhou o prêmio no valor de R$ 3 mil. Desse valor, Amaral irá doar R$ 1 mil para a compra e distribuição de cestas básicas a serem doadas às famílias carentes.


Série “dá vontade de ver o mar onde ele não está” (Maurício Pokemon)

Revisitar o passado

Já o fotógrafo Maurício Pokemon venceu o edital emergencial com uma série fotográfica que revisita o seu passado. A proposta está mais voltada pelo momento de isolamento social vivido pelo fotógrafo. O título do trablho é “dá vontade de ver o mar onde ele não está”.

“Esse período de quarentena, de isolamento, chegou para todos nós e ninguém esperava. A minha primeira ação com relação a isso foi revisitar os meus arquivos de trabalho, meu material analógico e digital. Não produzi nada novo, esse está sendo um período para me reorganizar e repensar a vida e os hábitos”.

A série é um presente para os avós, diz Maurício. Eles têm mais de 80 anos, moram em Angical e nunca viram o mar. “Em um dos meus arquivos, comecei a trabalhar com um filme queimado em que uma linha entrou mais lembrando a sensação de olhar para o mar”.

“Essa série é uma revista a esses  arquivos. Dei um superzoom nas imagens analógicas e vou enviar aos meus avós. É uma série ludicamente falando de como seria a imagem sobre o mar. É bem pessoal sobre revisitar o meu passado, sbbre esse isolamento, a saudade de ver os meus avós, de estar juntos, o maior contato com a natureza”.


Série “dá vontade de ver o mar onde ele não está” (Maurício Pokemon)

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Fonte: Carlienne Carpaso / CidadeVerde

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