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26 de abril de 2024
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Hacker é preso em mansão no Goiás após aplicar golpe em faculdade no PI

A Polícia Civil do Piauí identificou o suposto hacker acusado de aplicar um golpe de R$ 10 mil em uma faculdade na Zona Leste de Teresina. Wisley Correia de Oliveira, 38 anos, foi preso em Goiânia, no estado de Goiás, na manhã desta quinta-feira (15). De acordo com o delegado Carlos César Camelo, coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), o suspeito foi preso em uma casa de alto padrão. Com ele foram apreendidos computadores e faturas de cartões de crédito no valor de R$ 80 mil, pagas supostamente com o dinheiro do golpe.

“Recebemos a denúncia de uma faculdade particular de Teresina, de que estariam sendo vítimas de fraudes eletrônicas. A falculdade gerava boletos para pagamentos de fornecedores e o dinheiro estava migrando para contas bancárias de terceiros. No lugar do fornecedor receber o dinheiro, a quantia do boleto era desviado para a conta de um hacker”, explica César Camelo.

O coordenador do Greco disse ainda que a fraude ocorreu após a instalação de um vírus no computador da faculdade. O caso era investigado desde o ano de 2013.

A delegada Christiane Fonteles, da Divisão de Crimes Eletrônicos, conta que Wisley Correia era o destinatário direto da fraude eletrônica com o desvios dos boletos para sua conta corrente. A fraude ocorria na numeração do boleto.

“Ele enviava links maliciosos que são instalados nos computadores. As pessoas baixam programas ou abrem emails de desconhecidos e acabam trazendo riscos para dentro de suas máquinas. Aqui em Teresina, a fraude ocorreu quando a instituição  gerava um boleto. Então, havia alteração na numeração e a conta que seria da empresa beneficiária era alterada para outra conta e o valor entrava na conta do hacker”, explica Fonteles.

No imóvel luxuoso, propriedade do suspeito, foi dado cumprimento a mandado de busca e apreensão e localizado notebooks, aparelhos celulares, de onde seriam feitas as operações com alvos em todo o país. “Ele confessou o crime em partes. Em Teresina, o prejuízo foi de R$ 10 mil mais há indícios de que ele tenha feito vítimas em todo o país, não apenas a proprietários de faculdades, mas a todos que precisem gerar boletos pela internet para fazer pagamentos”, acrescenta.

O suspeito já tem antecedentes criminais e é investigado em Goiânia por furto qualificado pela fraude (mesmo crime cometido no Piauí), além de receptação e estupro.

A delegada acrescenta que a investigação ainda está em curso e não descartou a participação de mais suspeitos.

Christiane Fonteles orienta a população a redobrar a redobrar os cuidados na emissão de boletos e sempre procurar uma máquina confiável. “Os operadores das máquinas devem ter cuidados ao abrir links maliciosos e baixar programas, pois com isso, há o risco para dentro de sua instituição. Ao gerar boletos, deve-se verificar a numeração, o banco, a logamarca da instituição bancária, ver se confere todos os dados, antes de fazer o pagamento. A adulteração ocorre na numeração, onde modifica-se a conta destinatária do valor”, orienta.

Sobre as faturas de alto valor, Carlos César Camelo revelou que os gastos do suspeito serão comparados com sua renda mensal. Ele declarou para a Polícia Civil do Piauí, que era  proprietário de uma empresa de táxi, bebidas e vendas de automóveis

“A informação que a Polícia conseguiu era de que essas empresas eram usadas para lavar dinheiro que ele conseguia através de fraudes. Ele está mandando estes vírus para o país inteiro A casa dele é de altíssimo padrão e as investigações mostram que ele movimenta muito dinheiro, cartões de crédito  no valor de R$ 70 a R$ 80 mil mês. É muito dinheiro que entra na conta dele direto. Às vezes esses crimes são praticados por uma pessoa só, que monta o esquema e encaminha vírus para o Brasil inteiro. Uma pessoa criminosa sozinha, com conhecimento técnico, pode causar danos no país inteiro”, acrescenta.

Wisley Correia de Oliveira está sendo ouvido em Goiânia e, posteriormente, será recambiado ao Piauí. A prisão ocorreu pelo Greco, com apoio do Núcleo de Inteligência da SSP- e da Delegada Mayana Rezende, integrante do Grupo de Repressãoo e Estelionato e Outras Fraudes do Deic, de Goiás.

 

 

 

Do Cidade Verde

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