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20 de abril de 2024
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Infectologista aponta doenças mais transmitidas no Carnaval; saiba mais

Foto: Fernando Maia | Riotur

O período do carnaval favorece o aumento de determinadas patologias, principalmente por algumas situações comuns durante a folia. A aglomeração de pessoas, muita exposição ao sol, calor, chuva, má alimentação, falta de higiene, beijo na boca e relação sexual desprotegida são portas de entrada para enfermidades.

Assim, nesta época do ano, centenas de pessoas são acometidas por males como doenças respiratórias virais, conjuntivites, doença do beijo (Mononucleose), hepatites e outras IST’s.

Conjuntivite 

A conjuntivite é muito comum durante o carnaval por conta da aglomeração de pessoas em um único lugar. Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. Ela pode ser causada por reações alérgicas a poluentes e substâncias irritantes ou por vírus e bactérias. Nesses casos, a doença é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.

Gripe e outras viroses 

A aglomeração de pessoas e a baixa imunidade facilitam a transmissão das doenças de via respiratória como a gripe e outras viroses. Por isso, o ideal é que o folião beba bastante água para manter o corpo hidratado e alimente-se bem, evitando comer besteiras ou ficar durante longos intervalos sem ingerir alimento.
  
Mononucleose infecciosa 

A “Doença do beijo” é o termo popular para a doença Mononucleose Infecciosa, causada por um vírus da família herpes vírus, chamado de Epstein Baar Vírus. É uma doença transmitida por gotículas e por secreções sexuais com maior incidência na população jovem e adulta. Segundo a médica infectologista e docente do IDOMED, Dra. Ellen Dellaspora, a doença pode ser assintomática ou desencadear sintomas como febre, odinofagia (dor ao engolir) com placa esbranquiçada ou cinza-esverdeada em amígdalas, linfonodomegalia cervical simétrica, fadiga e mal-estar.

“Os sintomas duram, em média, duas semanas, mas a fadiga pode perdurar por meses. Na fase aguda da doença, pode-se utilizar medicamentos sintomáticos com anti-inflamatórios não esteroidais e analgésicos comuns na vigência de dor e/ou febre”, explica.

Infecções sexualmente transmissíveis 

O sexo desprotegido, principalmente entre os jovens, tem um aumento significativo durante o carnaval – mesmo com todas as campanhas de conscientização sobre o sexo seguro e as diversas infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) causadas por vírus, bactérias, parasitas ou outros microrganismos. As IST’s mais comuns são gonorreia, hepatite A, Hepatite B, Hepatite C, Sífilis, Herpes genital, HPV e HIV.

Segunda a Dra, existem medidas que podem ser tomadas para evitar a proliferação dessas doenças. “Sem dúvida a relação sexual desprotegida é a causa principal de IST’s neste período, porém, discussões como esta deveriam ser realizadas durante todo o ano por meio de campanhas educacionais e aconselhamento sobre formas de evitar ISTs para todo público sexualmente ativo. Além disso é importante reforçar a orientação quanto ao uso correto dos preservativos masculino e feminino e da manutenção da carteira de vacinação em dia, em especial para Hepatite A, Hepatite B e HPV”, afirma a médica infectologista.

Da Redação
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