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25 de abril de 2024
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Infectologista diz que uso da dexametasona para tratar Covid-19 deve ter indicação médica

Foto ilustrativa reprodução

Um estudo brasileiro desenvolvido por especialistas de hospitais renomados aponta que  o corticoide dexametasona diminui o tempo de internação em UTIs entre pacientes com a Covid-19. O infectologista Carlos Gilvan, médico da Fundação Municipal de Saúde (FMS) em Teresina, ressalta que a pesquisa é confiável por analisar pacientes de vários locais e que o medicamento só deve ser usado sob orientação médica, pois há contra-indicação. Na Capital, o medicamento  faz parte do protocolo de abordagem clínica de casos da doença desde junho. 

Ele ressalta que o medicamento tem diminuído o número de mortes, sobretudo, em pacientes que necessitavam de oxigênio.

“A seleção desse grupo de pacientes mais graves foi, até o momento, a única que se mostrou benéfica em relação ao uso dessa medicação. Então, tem que ter essa ressalva de não se utilizar indiscriminadamente, pois há certas contra-indicações, principalmente, sobre depressão do sistema imunológica que precisa ser corretamente adequada pelo médico após avaliação do paciente”, explica o médico.

O estudo brasileiro foi feito pelo grupo Coalizão Covid-19 Brasil, formado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, HCor, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo, Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). Em junho, um estudo de cientistas de Oxford já havia atestado a eficácia do dexametasona para a redução de mortes.

Participaram 299 pacientes com síndrome respiratória aguda grave causada pela Covid-19, submetidos a ventilação mecânica (respiração artificial) em 41 UTIs brasileiras.

“Esse estudo acaba tirando aquela interferência confundidora que muitos estudos observacionais colocam. Então, a tendência é que esse estudo mostre a realidade de todos os locais, inclusive a nossa. A gente já nota uma diminuição considerável do número de mortes. na medida em que se emprega o uso da dexametasona de forma correta, de forma indicada”, explica o infectologista Carlos Gilvan.

Fonte: Graciane Sousa / CidadeVerde

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