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29 de março de 2024
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Infectologista diz que uso da hidroxicloroquina precisa de avaliação criteriosa

Foto ilustrativa reprodução

Desde o mês de abril, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) adotou protocolo com hidroxicloroquina, azitromicina e outros antibióticos para o tratamento da Covid-19. O infectologista Walfrido Salmito alerta para a falta de fortes evidências científicas contra o novo coronavírus e diz que é necessário uma avaliação criteriosa do profissional de saúde para o uso da medicação.

“Não é pra se fazer como receita de bolo, fazer para todos os pacientes indiscriminadamente. É preciso uma avaliação criteriosa do profissional”, disse o médico.

O infectologista explica que por orientação do Conselho Regional de Medicina e Conselho Federal de Medicina, os pacientes que optarem por serem tratados com a medicação devem assinar um termo de consentimento livre e esclarecido de que estão fazendo o uso de uma substância que não tem as evidências necessárias para uma prescrição segura.

“Existem efeitos colaterais, eventos adversos ao uso da hidroxicloroquina. Por termos manejado a droga durante algum tempo para a malária, nós infectologistas sabemos que não são tantos os efeitos colaterais, a droga pode ser utilizada, mas a gente sempre espera que evidências melhores cheguem pra gente fazer o uso seguro da medicação”, reitera o infectologista.

Walfrido Salmito reforça que a medicação pode ser usada em casos leves, moderados e graves, desde que o médico tenha discricionariedade para prescrevê-la.

“Autonomia para fazer a prescrição juntamente com o termo de consentimento do paciente. O protocolo é um orientador. O médico à beira do leito, vendo o estado do paciente, se está evoluindo, se vai evoluir para o estado grave, ele tem autonomia de prescrever  a hidroxicloroquina, azitromicina e outras medicações que julgar necessária, a depender do quadro clínico. O protocolo não é algo engessado, que tem que ser obedecido de qualquer maneira. O paciente precisar ser avaliado e de acordo com essa avaliação o médico prescreve a medicação”, concluiu o infectologista.

Fonte: Graciane Sousa / CidadeVerde

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