Ipês se adaptam ao meses de baixa umidade e florescem no Piauí

Segundo o biólogo Igor Ribeiro, a florada dos ipés acontece porque a planta depende das condições de água e luz desse período. As floradas costumam durar uma semana e variam conforme o tempo seco, mas em alguns casos, como o ipê amarelo, podem durar até 10 dias.

“Para o ipê florescer ele precisa perder suas folhas. Isso faz com que ele economize água e alcance uma condição ecológica para que consiga frutificar. Plantas que passam por esse processo são conhecidas como ‘decíduas'”, afirmou.

No Piauí, os ipês amarelos são os mais comuns, mas também é possível encontrar as variações de cores como rosa, branco e roxo. As árvores atingem de 5 a 35 metros de altura e sua madeira é muito resistente.

“As cores são características de cada espécie. O amarelo é mais comum, pois existem mais espécies e, por isso, a gente consegue visualizá-los com mais facilidade e em maior quantidade. No Piauí, é possível encontrar até cinco espécies dele. Já o ipês rosa e o ipê branco são encontrados em menor quantidade, pois existem menos espécies.

Segundo Igor Ribeiro, o vento é o principal dispersor das sementes dos frutos dos ipês e as abelhas são os principais polinizadores.

Ainda de acordo com o biólogo, os ipês são comuns em todas as regiões do país, mas, por causa das condições climáticas, elas acabam sendo mais comuns na região Nordeste. No ambiente urbano, os essas plantas podem florescer mais rápido do que na zona rural, pois, na capital, existem menos competitividade com plantas de outras espécies.

“A pessoa pode adquirir nos viveiros da prefeitura. Eles realizam doação dessas plantas nativas e os cuidados necessários são uma boa irrigação diária, evitando-se os horários com temperatura elevada, uma bom adubação, mas sem excesso e com a proporção de terra ideal”, informou.

Fonte: Glayson Costa, estagiário sob supervisão de Andrê Nascimento. / G1-PI