Após reunião da executiva estadual do PMDB, na qual o partido decidiu parar com as negociações com o governo do Piauí, o ex-ministro e vice-presidente do partido no Piauí, João Henrique Sousa, mostrou-se exultante com os encaminhamentos que foram dados. Ele afirmou que há grande probabilidade de o partido ter candidatura própria em 2018 e que ele vai continuar lutando por esse projeto.
Com a decisão de dar uma pausa nas tratativas, o ex-ministro se sente beneficiado, uma vez que tem o objetivo, de acordo com ele, de iniciar um projeto que leve um discurso a todo o interior do Estado sobre candidatura própria no Piauí em 2018, a partir do início do próximo ano. Com o PMDB no governo, esse projeto poderia ficar mais distante para João Henrique.
“Eu comuniquei à executiva de que a partir da segunda quinzena de janeiro eu começarei a visitar todo o interior do Estado, eu vou fazer uma pregação sobre uma candidatura própria do PMDB em 2018 no Piaui. […] porque é um trabalho que eu sempre preguei, não é a primeira vez. Eu já fui a duas convenções do PMDB, e é um trabalho que acho que fortalece o partido. É nisso que vamos caminhar, pelo menos é o trabalho que eu faria”, declarou o ex-ministro.
Ele falou que ninguém na reunião discordou da sua iniciativa e que todos que estavam presentes entendem que é um trabalho que já vem fazendo.
O ex-ministro também afirmou que a reunião que aconteceu ontem na sede do PMDB foi uma das mais “agradáveis” que já teve no partido e que “talvez uma das mais proveitosas nos últimos tempos”. A sua satisfação também deve ter a ver com o fato de o seu nome está sendo ventilado como candidato para governador pela sigla no próximo pleito. Sobre isso, ele preferiu não confirmar.
Em relação ao encontro, ele ressaltou que foi uma conversa franca, aberta, onde todos expuseram suas condições e posições e ao final resolveu-se dar um tempo na história. “[…] Isso eram conversações que vinham sendo mantidas e tem muito disse me disse, ou seja, pessoas que não são do PMDB, que opinam, que falam”.
O vice-presidente admitiu que uma aliança com o governo iria se distanciar do projeto de candidato próprio para o PMDB nas próximas eleições, e que portanto, foi melhor adiar a conversa.
“É natural, e o deputado Marcelo Castro disse em uma das suas entrevistas de que uma ida do PMDB para o governo, já deixaria de qualquer forma implícita uma aliança para 2018. Por isso mesmo, o PMDB resolveu adiar essa conversa, verificar como as coisas haverão de acontecer, ou seja, que haja mais tranquilidade com relação a isso. Agora, todos nos sabemos que esse é um partido democrático, aonde cada uma expõe suas ideais, busca realizar aquilo do seu melhor entendimento”, destacou.
De acordo com João Henrique, a proposta de candidatura tem o apoio do PMDB nacional. “Na realidade nós comentamos que não tem como deixar de ter uma influência no cenário local aquilo que for composto em Brasília. Evidentemente que o PMDB em Brasília sempre foi assim, tem defendido que tenhamos candidatos próprios, como foi agora na eleição de prefeito, que levou o partido a ter o maior número de prefeitos no Brasil, e naturalmente vai defender as candidaturas próprias aos governos dos Estados”.
Sobre a formação de alianças com o PMDB, ele só arriscou dizer que “as composições aqui dificilmente destoarão das composições nacionais”.
Lyza Freitas / CidadeVerde
