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24 de abril de 2024
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Jovem aciona Justiça depois de ser vítima de preconceito no Café Del Mar

Mais uma polêmica envolvendo a casa de shows Café Del Mar, que fica na Avenida Homero Castelo Branco, zona Leste de Teresina, está repercutindo nas redes sociais. Uma pessoa foi barrada na porta do estabelecimento na noite desta quarta-feira (14) por estar trajando uma bermuda.

Até aí não há nada de mais, já que bem na frente uma placa alerta ser regra da casa a proibição de bermuda e chinelo porém, na mesma festa, outras pessoas estavam circulando dentro da casa de shows de bermuda, ou seja, a regra teria valido apenas para o designer gráfico que preferiu não se identificar. O rapaz é negro e afirma ter certeza de que esse tenha sido o motivo para que ele fosse impedido de entrar no local.

“Na hora que eu cheguei a moça que entrega o cartão de consumo já foi logo me dizendo que eu não podia entrar porque estava de bermuda. Eu não sabia disso e  fiquei até meio espantado, afinal Teresina é uma cidade quente e ali é um bar, mas enfim, respeitei por ser regra da casa. Daí o segurança veio até mim e repetiu o que a mulher havia dito, então eu só saí e mandei mensagem para minhas amigas que estavam lá dentro contando o que havia acontecido e avisando que eu ia em casa vestir uma calça para voltar para a festa. Já no caminho minhas amigas me responderam indignadas já que na mesa ao lado tinha um rapaz usando uma bermuda idêntica a minha. Inclusive ficamos sabendo depois que ele é do exército e além de não ter sido barrado não foi sequer colocado para fora do local”, relata o designer.

Segundo ele, a direção do Café Del Mar foi comunicada, mas não tomou nenhuma atitude sobre o ocorrido. “Depois disso me senti bastante constrangido com toda aquela situação, afinal nunca passei por nenhum tipo de preconceito, sempre andei em outros lugares aqui em Teresina, até mesmo de bermuda, e nunca fui barrado. Considero que tenha sido puro preconceito por eu ser negro. É a única explicação, pois, se existem regras tem que valer para todos e não só pra um”, disse.

Uma jornalista, amiga do designer gráfico, que estava no local no momento do ocorrido questionou a atitude dos funcionários. “Além dessa questão dos trajes, na placa eles afirmam que é obrigatória a apresentação de um documento de identificação com foto, mas quando eu cheguei só mostrei meu cartão de credito daí perguntei para a moça por que não fui barrada e ela me respondeu  apenas que era pra evitar que eu reclamasse”, disse a jornalista.

O designer gráfico conta que irá acionar a Justiça e processar o local por danos morais e constrangimento em público. “Eu ia consumir como qualquer um que estava naquela festa e ia pagar a conta tranquilamente, não queria ter passado por isso, por isso agora vou atrás dos meus direitos”, afirma.

 

Fonte:PortalAZ

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