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29 de março de 2024
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Jovem gravou áudio antes de morrer falando sobre efeitos do remédio

A jovem Luana Raquel Eufrásio, estudante de administração, da cidade de São João da Varjota, gravou um áudio pouco antes de vir a óbito, relatando para uma amiga os efeitos do remédio que havia comprado para emagrecer.

Na gravação, a jovem declarou: “Eu quase morro, eu acordei sonhando, quando eu me deparei com uma zuada no meu ouvido […] quando eu me deparei eu estava no chão desmaiada, fui para o quarto toda gelada, joguei o Redufite fora, não quero mais não. Acredita? Meu coração está bem acelerado, e eu sonhando, quando eu notei estava no chão”, disse ela aos prantos.

O cardiologista Elisiário Cardoso relatou que o caso é grave e precisa ser apurado.

“É mais um caso de jovens que interrompem suas vidas por conta do uso de substâncias desnecessárias, de substâncias que estão proscritas do receituário farmacêutico brasileiro, nós sabemos que essas medicações para emagrecimento, a grande maioria, contém algumas substâncias que são extremamente prejudiciais ao coração, todas aquelas medicações que estimulam o sistema nervoso central promovem uma série de arritmias cardíacas que levam a uma descompensação clinica que leva a pressão baixa, um choque cardiogênico e pode levar a morte, então é mais um caso. No Brasil nós temos inúmeros casos de jovens que infelizmente  morrem pelo uso dessas medicações, elas são vendidas de maneiras ilícitas, elas não podem ser comercializadas”, declarou.

Segundo amigas, a jovem ia se formar no final do ano e estava querendo emagrecer para entrar no vestido de formatura. O delegado Lucy Keiko vai pedir investigação por homicídio para quem vendeu o medicamento para a vítima.

“São medicações que não são vendidas em farmácias, são manipuladas que muitas vezes são prescritas por profissionais não médicos, que não sabem da gravidade que essas substâncias provocam. Essas palpitações que ela sentiu é a arritmia que provavelmente foi a causa do óbito dela, e essa arritmia provoca uma série de ações, dentre elas o vaso se dilata, a pressão por consequência cai e a pressão baixa pode matar mais do que a pressão alta é justamente nesses casos, quando a arritmia vem acompanhada de uma hipotensão é um quadro mais drástico, quando que está muito avançado em termos de perigo”, alertou o médico.

Fonte: Meio Norte

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