A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou ré a suspeita de matar a vizinha a facadas no bairro Taquari, Zona Leste de Teresina. A mulher está presa na Penitenciária Feminina da capital há mais de um mês.
A denúncia foi aceita pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2° Vara do Tribunal Popular do Júri, no dia 25 de novembro. A acusada deve responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias.
“O fato criminoso se encontra descrito nos termos exigidos pelo art. 41 do Código de Processo Penal, o que possibilita a amplitude de defesa da acusada; a acusada está suficientemente identificada, de modo a garantir a exação do direcionamento da acusação; a classificação do fato se encontra em consonância com a descrição da denúncia”, pontuou a magistrada.
A juíza também indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva. “Acrescente-se que eventuais condições pessoais favoráveis à acusada, como primariedade e profissão definida, não autorizam a revogação da prisão, quando a referida medida se mostra necessária ao resguardo da ordem pública”, argumentou.
A comerciante Ana Lopes Neta, de 57 anos, foi morta a facadas na rua onde morada, no bairro Taquari, Zona Leste de Teresina. A polícia acredita que o crime ocorreu durante uma discussão entre ela e a sua vizinha devido a uma parte de um terreno.
Segundo testemunhas, os desentendimentos eram antigos entre às duas e a presa já teria feito ameaças de morte contra a vítima. Além disso, a suspeita já havia sido denunciada à polícia e audiências foram marcadas, mas ela nunca chegou a ir.
Entretanto, as investigações revelaram que o crime teria sido planejado. Conforme o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, a mulher teria comprado a faca com a intenção de usá-la para matar a vizinha e que a discussão foi provocada pela suspeita para dar a impressão de que o assassinato ocorreu em decorrência da briga.
A suspeita foi presa no dia 13 de outubro, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após ela ser intimada a prestar depoimento.
“Após ser ouvida, foi dado o cumprimento ao mandado de prisão preventiva contra ela. Em seguida, os policiais a levaram para a Central de Flagrantes. A mulher não confessou o crime”, afirmou a delegada Luana Alves.
Fonte: G1-PI