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26 de abril de 2024
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Justiça do Piauí marca julgamento de mãe e irmão de advogada morta a facadas um ano após o crime

Advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, é encontrada morta dentro de quarto em Pedro II — Foto: Reprodução

A Justiça marcou o julgamento da mãe e do irmão da advogada Izadora Mourão, morta com sete facadas no município de Pedro II, a 195 km de Teresina, para 15 de fevereiro de 2022, dois dias depois em que o crime completará um ano. Maria Nerci e João Paulo Mourão foram indiciados pelo assassinato da advogada – configurado como feminicídio. Eles também foram pronunciados ao Tribunal do Júri. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluir o inquérito sobre o caso 20 dias após a morte de Izadora.

Izadora Mourão foi encontrada morta dentro do quarto do irmão. Ela foi atingida por nove golpes de faca. As investigações apontam que o irmão, o jornalista João Paulo Mourão, após matar a advogada foi dormir no quarto da mãe. Ele está preso desde o dia 15 de fevereiro.

A audiência de instrução e julgamento ocorreu no dia 23 de junho e na época a aposentada Maria Nerci Mourão assumiu a autoria do assassinato da filha. A defesa de Maria Nerci e do irmão da vítima, o advogado e jornalista João Paulo Mourão, sustenta que apenas a mãe teria participado do crime. No entanto, ambos foram pronunciado pelo crime de feminicídio.

O juiz da 2ª Vara de Pedro II, Diego Ricardo Melo de Almeida, retirou o processo de segredo de justiça. O Ministério Público havia solicitado durante a audiência de instrução.

Para o julgamento de fevereiro, o MP solicitou as armas utilizadas no crime, a colcha de cama utilizada pela vítima no momento do crime, vestido branco estampado utilizado no crime pela denunciada Maria Nercí e a carta arrecadada na residência, para exibição ao Conselho de Sentença que será formado no dia do Júri.

Polícia indiciou mãe e irmão pelo crime

O coordenador do DHPP, Franscico Baretta, a mãe, ao encontrar a filha machucada no quarto, ligou para a empregada doméstica da casa pedindo para que ela dissesse que uma mulher havia entrado na residência e que João Paulo estava dormindo. A polícia, entretanto, não deu detalhes sobre como teria sido esse contato da mãe com a empregada.

Segundo o delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do DHPP, informou que João Paulo Mourão, irmão de Izadora, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, método que impossibilitou a defesa da vítima e por feminicídio.

Já a mãe de Izadora, Maria Nerci, foi indiciada como coautora do crime. Ela deve responder ainda por fraude processual, de acordo com o coordenador do DHPP.

Ainda de acordo com o delegado Barêtta, a Comarca de Pedro II decretou sigilo sobre as investigações. A medida foi tomada por conta da grande repercussão do caso, e visa evitar boatos e erros que possam atrapalhar o curso do processo.

“O crime foi elucidado, e com a motivação, e tudo isso foi apresentado à Justiça, que vai analisar. Nunca vamos a um local de crime preocupado com o nome do autor, mas com as circunstâncias em que aquele crime ocorreu. Porque no curso da investigação, quando se chega ao criminoso, já temos a certeza e as provas para incriminá-lo”, declarou Barêtta.

Fonte: G1-PI

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