26.1 C
Jacobina do Piauí
18 de abril de 2024
Cidades em Foco
GeralPolícia

Mãe tentou criar álibi para esconder que filho matou a irmã, revela Baretta

Foto: reprodução Facebook

O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Baretta, disse que a mãe tentou criar um álibi para tentar atrapalhar a investigação e impedir que as suspeitas recaíssem sobre João Paulo Santos Mourão, apontado como o assassino da própria irmã, a advogada criminalista Izadora Santos Mourão, 41 anos. O crime ocorreu no fim de semana, na cidade de Pedro II, no interior do Piauí.

Baretta conta que foi necessário construir uma ‘linha do tempo’ para elucidação do caso. A própria família teria acionado uma faxineira para limpar marcas de sangue no quarto do suspeito que teria usado duas facas para matar a própria irmã.

Foto: reprodução Facebook

“Requisitamos exames no local, lacramos a casa, requisitamos perícia de Teresina com papiloscopista, foi feita exame no quarto dele onde foi encontrado sangue, mesmo após terem lavado. A mãe disse para faxineira dizer que o suspeito estava dormindo no momento do crime e ele não estava. A história da vendedora de roupas foi inventada, nunca existiu. A partir das 6h do sábado (dia do crime) nenhuma pessoa entrou na casa”, explica Baretta.

Ele conta que, mesmo após ser esfaqueada, a vítima ainda indicou quem seria o assassino. “Mesmo nos últimos suspiros, ela ainda reuniu forças e saiu cambaleando, se arrastando e conseguiu indicar que o assassino estava dentro de casa e estava bem próximo”, conta Baretta sem revelar detalhes.

O delegado acrescenta que o suspeito usou duas facas, uma foi escondida na casa de uma tia. Ao ser preso, João Paulo não confessou o crime. Investigação aponta que os irmãos tinham desavenças. O DHPP tem dez dias para concluir o inquérito policial.

VERSÃO DA FAMÍLIA TINHA CONTRADIÇÕES

Élida Frankilin, ouvidora-geral da OAB-PI, conta que, desde o início, a versão da família apresentava contradições.

“Nos causou muita estranheza também a versão de que uma pessoa foi assassinada dentro de casa e todos os membros dessa casa estavam dormindo. Ninguém viu, ninguém ouviu, ninguém sabia quem era. A mãe da Izadora, ao invés de pedir socorro, ligou para uma funcionária para construir um álibi. Tudo isso ns chamou muita atenção. Com o passar da investigação foram encontradas mais provas e hoje temos um cenário conclusivo da autoria pelo João Paulo, em que pese a gente não possa afirmar que não houve a participação imediata de outros membros da família. Já sabemos que houve a participação, pelo menos, para tentar acobertar, tentar forjar um álibi, um outro cenário de crime, tentar dificultar o trabalho da polícia na Justiça”, conta Frankilin reiterando que a família só noticiou a morte após alterar o local de crime e esconder a arma.

Fonte: Graciane Sousa / CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais