30.6 C
Jacobina do Piauí
26 de abril de 2024
Cidades em Foco
DestaqueGeralJacobina do Piauí

Moradores de Jacobina do Piauí sofrem com constante falta de água

Imagem: Reprodução

Moradores do bairro Alto São Pedro, em Jacobina do Piauí, têm denunciado a falta de abastecimento de água de forma regular. Segundo os denunciantes, o problema recorre há anos e não há uma solução concreta por parte da Agespisa.

“Aqui nós passamos de três meses, 30 dias, sem água na torneira. Isso é uma falta de respeito da Agespisa para com a gente. O supervisor não mora aqui, então ele nem sabe quais são os problemas. Ele nem sabe quando está faltando água aqui. Para fazer minhas atividades como dona de casa como lavar louça, beber, cozinhar e banhar, eu preciso comprar”, explicou a moradora do bairro Alto de São Pedro, Lourdes Rodrigues.

Ela disse ainda que o problema persiste apenas na parte alta do bairro. “Ontem foi o dia todo sem água. Hoje temos, mas quase todos os dias estamos sem água e ninguém explica o motivo dessa falta”, frisou.

A moradora detalhou que a comunidade afetada já realizou inúmeros protestos, especialmente no município de Patos, onde está localizada a adutora que abastece Jacobina do Piauí. Ela falou ainda em manifestações nas BR’s com queimadas de pneus, mas, até o momento, nada foi feito de fato para sanar o problema de uma só vez.

“A história do gestor é só que tem desvio no caminho de Patos para cá, que tem canos quebrados, vazamentos, que vão arrumar e nunca arrumam. Ontem à noite um vizinho avisou que havia um vazamento perto de uma casa que ele está construindo. São esses vazamentos que podem estar causando a falta de água. Esse vazamento tem mais de ano, já foi comunicado e nada foi feito. Então a situação aqui é que a gente paga 30 dias de água e passa 15 sem”, reclamou.

Rogeane de Sousa, moradora do referido bairro, reafirmou que o problema é recorrente. “Todo ano, de agosto para setembro, é o período que a gente mais sofre com a falta de água. Mas esse ano começou o período de inverno. Há 15 dias faltou água por uma semana. Soubemos que o Wilson (supervisor da Agespisa) foi quem mandou desligar as bombas. Eles consertaram, mas agora está do mesmo jeito. Há um vazamento em uma rua, que eles dizem que estão resolvendo, mas todos dias, praticamente, estamos com essa falta de água”, relatou a moradora.

Ela declarou que o apelo da população, neste momento, é que o supervisor da Agespisa seja mudado, a fim de que o problema seja resolvido. “A única solução é tirar o gestor da Agespisa. É o único apelo. A gente manda mensagem para o Sr. Wilson, relatando os problemas, e ele diz que não sabia, sendo que as pessoas já haviam informado ele”.

Ela disse ainda que para fazer as atividades domésticas necessita comprar água ou pegar na casa de sua mãe ou vizinho que possua reservatório. “Enquanto consumidores, estamos pagando a água porque precisamos dela. E se estamos pagando, temos direito a qualidade no serviço que estamos pagando”, ressaltou.

Wilson Mendes, supervisor da Agespisa na região de Patos do Piauí, explicou o problema enfrentado pela rede de abastecimento de água.

“Nessa época mais quente a demanda aumenta muito, o que ocasiona essa falha no abastecimento, e é só na parte alta da rua. A maioria dos consumidores não tem reservatório de água, o que poderia diminuir o problema. Aí nós temos um segundo problema, que é na adutora de Patos, pois aparecem vazamentos, gente retirando agua clandestinamente. Mas quando a gente tem conhecimento, tomamos as providencias de imediato”, declarou

Ele disse ainda que quando há algum problema no abastecimento, nem sempre é possível solucionar de imediato, visto que a Agespisa não possui material reserva.

“Na semana da exposição estouraram três canos que vinham da adutora. Tivemos que fechar, porque é obrigado fechar. Quando a gente faz isso, suspende água para todas as partes, menos para a cidade. Aí temos que fazer a manutenção, nós não temos material reserva, esse material precisa vir de Picos ou Teresina. A Agespisa não estoca material. Além disso é um trabalho demorado porque com água não temos como fazer o trabalho por conta da pressão dela. É uma manhã toda realizando o trabalho e após a bomba ser ligada, demora de 3 a 4 horas para chegar a água. Nessa semana especificamente, realizamos o trabalho e no dia seguinte estourou outro cano. Então, só não resolvemos quando não sabemos, mas quando sabemos, de imediato resolvemos o problema”, disse.

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais