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20 de abril de 2024
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No dia internacional da Síndrome Down, conheça a história de amor do pequeno Samuel

O dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado hoje – 21 de março, foi instituído no ano de 2006 pela organização Down Syndrome International, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e inclusão na sociedade. A Trissomia é uma alteração genética que, em vez de dois cromossomos 21 (menor cromossomo humano), os portadores de Down apresentam três durante a divisão embrionária.

Em 15 de abril de 2019 nascia, em Juazeiro-BA, Samuel Dias dos Santos Monteiro, filho de Arlete Dias dos Santos e Mauro Monteiro de Sousa. O garotinho, que é natural de São Francisco de Assis, é considerado, pelos pais e toda a família, um guerreiro, pois tem lutado desde o ventre de sua mãe.

Com 12 semanas veio a notícia de que Arlete já não tinha mais uma gestação gemelar, pois um dos embriões teria perdido os batimentos cardíacos ainda com sete semanas e seis dias. Mas, Samuel estava lá e, mesmo tão pequeno, dava indícios do quanto já era um menino forte e resistente.

Naquele momento também se constatava que a translucência nucal ou quantidade de líquido na região da nuca do feto, estava alterada. O procedimento, que é realizado entre a 11ª e a 14ª semana, serve para calcular o risco de o bebê apresentar alguma malformação ou síndrome.

Com cinco meses de gestação, Arlete descobriu que Samuel era portador da Síndrome de Down e, segundo ela, foi um momento difícil, pois havia medo e não sabia o que poderia acontecer.

“Quando recebemos o resultado do cariótipo, eu já havia feito pesquisas e, como a gente sabe, a internet ajuda, mas também atrapalha. Então me trouxe muita angustia, pois eu só encontrava coisas negativas. O nosso medo, a nossa angustia, não era porque ele tinha Down, mas de que ele tivesse algum problema de saúde, como doença no coração, visão ou qualquer outra doença. Eu chorei alguns dias, até entender que poderia ser diferente. E, graças a Deus, foi”, declarou.

Após o nascimento de Samuel, o relato é de que o medo e a angustia foram se transformando em felicidade, confiança e aprendizado para saber lidar e a viver essa nova história. “Nós temos experimentado muitas alegrias, porque o Samuel tem sido benção em nossas vidas. Ele tem ido contra tudo o que dizem, todos os médicos que veem se surpreendem com ele”, afirmou.

A mamãe, que busca encorajar o filho a ser forte, independente e que a síndrome não pode impor limites a ele, relembra ainda de como foram as primeiras horas no hospital e uma situação, em especifico, que aconteceu.

“No seu primeiro dia de vida, a pediatra disse que poderia oferecer a fórmula para ele, pois não conseguiria mamar, devido a síndrome. Eu não aceitei. Sempre dissemos para ele, mesmo no ventre, de que ele poderia qualquer coisa, que nada iria limitar e que poderia fazer o que quisesse. E para mamar não seria diferente. Eu continuei a oferecer o peito ao Samuel e ele mamou, tanto que permaneceu, exclusivamente, por seis meses. Eu fiz muita questão que ele mamasse, pois disseram, no seu primeiro dia de vida, que ele não conseguiria. E ele conseguiu, mama até hoje e tem se superado a cada dia.  Essa foi uma das primeiras conquistas dele”, relatou.

“Ser mãe do Samuel é espetacular. Ele é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. A melhor coisa. Eu amo ser mãe do Samuel. Ele é um presente de Deus na minha vida. Eu não mudaria nada nele, amo meu filho do jeitinho que ele é, concluiu emocionada”, concluiu a mamãe.

A Síndrome de Down é uma ocorrência genética, e não uma doença. Portanto, não a impede de ter uma vida social ativa e saudável. Mais Respeito, inclusão e empatia.

 

Por Andreia Monteiro

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