O governador Wellington Dias (PT) está em Brasília, em reunião com o ministro do Tribunal de Contas da União, José Muciu Monteiro, para tratar da liberação do empréstimo junto a Caixa Econômica Federal. Na Assembleia, o impasse tem gerado debates entre a oposição e os governistas.
O deputado Gustavo Neiva diz que o Estado está parado. Segundo ele, Wellington mostra não ter condições de governar sem o dinheiro do empréstimo. Neiva diz que governador prejudicou a economia do estado ao criar coordenadorias é aumentar os gastos. “Estamos andando pelo Piauí e sentindo uma paralisia geral em todos os setores. Em algumas cidades as crianças não estão indo para o colégio porque o transporte escolar paralisou, porque não recebem o repasse”, relatou.
Em visita a Floriano e Região, o parlamentar disse ressaltou a precariedade na saúde, por exemplo. “Estive no final de semana na região de Floriano, no município de São Francisco do Piauí, e os pacientes renais que precisam fazer hemodiálise em Floriano (existe um recurso do SUS para bancar esse transporte, como também a alimentação) estão há cinco meses sem o Estado repassar esse recurso”, contou. “É uma questão de vida ou morte para esses pacientes. Com o transporte paralisado eles correm risco de vida. Então em todos os setores há a paralisia do estado e nada mais funciona”, confirmou.
Na área da educação, seguem também os problemas, segundo Gustavo Neiva. “Professores seletistas afirmam que estão há três meses trabalhando e só receberam um mês. O governo tem que explicar porque criou tantas secretarias e deixa tantos serviços essenciais paralisados. Privilegiando o lado político e esquecendo de cuidar da população. Iremos cobrar explicações do governo acerca dessa situação”, destacou.
O líder do Governo, Francisco Lima (PT), acusa a oposição de tentar prejudicar o Estado. “Eu lamento muito que um deputado eleito para ajudar o Estado trabalhe contra. A oposição tem agido claramente com o intuito de prejudicar o Estado. É o quanto pior, melhor”, declarou.
Lima reforça o discurso governista de que há perseguição política. “O governo quer que a Caixa resolva o mais rápido possível essa questão da prestação de contas. O governo fez a sua parte. Está tudo dentro da lei, mas há interferência política. O governador está em Brasília mostrando isso para o ministro do TCU. É uma questão politica”, disse.
Fonte: Lídia Brito / CidadeVerde