A audiência de instrução dos acusados de assassinar João Rodrigues Neto Dias, em setembro deste ano, teve início na manhã desta sexta-feira (28), em São Raimundo Nonato, onde o crime aconteceu. O homem era marido de uma secretária municipal e foi morto diante de duas filhas pequenas.
A sessão, presidida pelo juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas, teve início por volta das 10h. Ao todo, oito pessoas são acusadas de participação no crime. Veja abaixo os nomes dos acusados:
- Paulo Ferreira Pereira (apontado como mandante)
- Patrícia Ferreira Pereira (irmã de Paulo)
- Precilla Ferreira Pereira Fernandes (irmã de Paulo)
- Luiz Ferreira dos Santos Neto (irmão de Paulo)
- Mauro Viana de Almeida (marido de Patrícia)
- Roniglesias dos Santos Silva (dono do carro em que o autor dos disparos fugiu)
- Juniel Assis Paes Landim (apontado como autor do crime)
- Juliermes Braga Paz Lnadim (apontado como quem teria escondido a arma do crime)
Os acusados devem responder por homicídio qualificado. A audiência desta sexta-feira será para definir se os réus serão submetidos a julgamento pelo júri popular, formado por cidadãos comuns, que não possuem formação em direito, previsto no caso de crimes dolosos contra a vida.
O inquérito da Polícia Civil, usado para a denúncia contra os acusados, indiciou seis pessoas pelo homicídio. No entanto, o Ministério Público denunciou oito e representou pela prisão preventiva de mais dois irmãos, que foram presos no dia 5 de outubro.
A investigação da polícia aponta que os irmãos Paulo e Patrícia teriam encomendado a morte de João Rodrigues, após ele se envolver em um acidente de trânsito com o pai dos acusados. Mauro, o marido de Patrícia, teria executado o crime em troca de R$ 5 mil.
Ainda segundo o inquérito policial, Juniel Landim praticou o crime e Juliermes escondeu a arma, conforme também a denúncia feita pelo Ministério Público.
Os acusados teriam passado dias observando o cotidiano da vítima para planejar e executar o crime. Todos eles estão presos. A denúncia aponta duas circunstâncias qualificadoras para o crime: (1) promessa de pagamento; (2) recurso que dificultou a defesa da vítima – uso de emboscada.