19 de abril de 2024
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Pai diz que deixou filho em cela com “compadre” e não viu perigo; assista

Ao prestar depoimento na tarde desta terça-feira (3) na delegacia de Altos, o pai do garoto – que foi encontrado em uma cela no presídio Major César – disse que deixou o filho com um “amigo e compadre”. Segundo ele, não havia perigo e por isso deixou o garoto no presídio.

“Foi o menino que pediu para ficar com ele [o preso]. Eu deixei porque no outro dia ia trabalhar lá [no presídio]. Não sabia que ia dar o BO. Eu não sabia que ele era estuprador, ele me enganou e me disse que tinha apenas matado a mulher”, disse.

Atualizada às 17h

O pai do garoto de 13 anos deixado dentro de uma cela da penitenciária Major César já responde por um estupro. Ele prestou depoimento no início da tarde desta terça-feira (03) na delegacia de Altos, município a 42 km de Teresina. Identificado pela polícia como Gilmar Francisco Gomes, de 48 anos, o agricultor admitiu ter deixado o filho no local por ser “compadre” do preso José Ribamar Pereira Lima, de 65 anos, que estava na cela com a criança. José seria padrinho de um dos cinco irmãos  do garoto.

Em seu depoimento, o pai afirma que não viu nenhum perigo em deixar o filho na cela com o detento. Ele diz que não sabia que o preso já respondia por estupro. “Estou muito arrependido e não sabia que ia dar essa confusão. Eu deixei o meu filho a pedido dele porquê eu ia voltar no outro dia”, disse Gilmar.

 

A mãe do garoto, Sebastiana Rodrigues Gomes, de 48 anos,  também prestou depoimento e disse que não autorizou o filho a ficar no presídio e que foi uma decisão do pai.

O casal mora no povoado Mucuim, a cerca de 20 km da zona urbana de Altos, e já cumpriu pena na Penitenciária Major César de Oliveira. Ele foi condenado há 10 anos de prisão pelo crime de estupro em 2012 contra uma menina de 12 anos em Alto Longá, mas está em liberdade há seis meses. O pai revelou em depoimento que conheceu o preso há dois anos quando respondia pelo crime em regime semi-aberto.

Eles fizeram amizade e o pai reforça que não sabia que o preso havia praticado dois estupros, um em 2008 e outro em 2009.  José Ribamar estava preso no presídio de Picos e foi transferido para a Major César.

O delegado Jarbas Lima, colheu os depoimentos dos pais do garoto separadamente, impedindo assim que haja combinação nos relatos, que segundo ele, já apresentaram contradição. A criança e o detento da Major César, que já foi levado para a delegacia, também foram ouvidos.

 

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Fonte:CidadeVerde

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