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23 de abril de 2024
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Pais, filhas e genro atuam juntos no combate ao coronavírus no Piauí

Família atua junta no combate à covid-19 no Piauí — Foto: Reprodução

Trabalhar na linha de frente no combate ao coronavírus tem sido uma das honras da Tânia Furtado, enfermeira do Hospital do Buenos Aires, na Zona Norte de Teresina. Mas não é a única. No meio de tantas angústias e medos na rotina de trabalho, ela pode contar com o apoio e auxílio da família, que tem estado unida até mesmo durante os plantões.

Os pais, Raimundo Furtado e Rosa Furtado, são técnicos de enfermagem e trabalham no mesmo hospital da filha. Local que na infância funcionava como uma segunda casa para ela e a irmã, Nádia Rodrigues, que também é enfermeira.

“Meus pais são técnicos de enfermagem. Trabalharam a vida toda nesse hospital. E como morávamos em Campo Maior, algumas vezes vínhamos com eles, em uma época que não tinha problema os filhos estarem nesse ambiente. Atuar com os meus pais é contar com uma rede de apoio dentro de casa e fora dela. Mesmo com o distanciamento e as medidas, nos sentimos mais unidos”, contou.

Além de dividir a rotina com os pais no Hospital do Buenos Aires, Tânia também é enfermeira do Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) em Teresina, trabalho onde conheceu Nelson Neto, que é condutor de ambulância e com quem está casado há sete anos. O casal divide a mesma casa com os pais e a irmã de Tânia. Apesar de todos serem profissionais de saúde, eles preferiram tomar as medidas de distanciamento e higiene para evitar os riscos de disseminação da doença entre eles.

Desde o começo da pandemia todos têm evitado as reuniões no mesmo ambiente , incluindo as refeições em conjunto. A irmã de Tânia trabalha na rede de saúde em Floriano, a 247 km da capital, e quando volta para casa no fim da semana fica isolada em um outro cômodo.

 A irmã de Tânia trabalha na rede de saúde em Floriano, cidade a 247km  da capital — Foto: Reprodução

A irmã de Tânia trabalha na rede de saúde em Floriano, cidade a 247km da capital — Foto: Reprodução

“A gente vivia se abraçando, almoçava em família. Agora a gente não toca em nada e toma todos os cuidados para que se um tiver doente, o outro não pegue. Eu e meu esposo moramos no andar superior da mesma casa e quando chegamos do trabalho, nos isolamentos aqui em cima. Até para lavar as roupas, descemos somente quando todo mundo está dormindo para evitar qualquer contato”, contou a enfermeira.

Foi essa preocupação que evitou que a enfermeira Tânia e o marido passassem a Covid-19 para os outros moradores da residência. Há 20 dias o casal apresentou sintomas e testou positivo para a doença. Como recomendando, eles se isolaram em um cômodo da casa e respeitaram a quarentena até que um novo teste mostrasse que já estavam recuperados.

“Apesar de todos os cuidados, acabamos contraindo a doença. Não falta nenhum equipamento para proteger durante a rotina de trabalho, mesmo assim adoecemos. Mas pelo menos não transmitimos para os meus pais”, declarou a enfermeira.

Casados há 7 anos, Tânia e Nelson são linha de frente no combate à Covid-19 — Foto: Reprodução

Casados há 7 anos, Tânia e Nelson são linha de frente no combate à Covid-19 — Foto: Reprodução

Após o susto e a recuperação, os dois puderam retornar a rotina do Samu e rever, pelo menos de longe, o restante da família. Mesmo que essa atuação na linha de frente do combate à Covid-19 tenha servido para fortalecer a união que já existia entre eles, Tânia não esconde que o momento mais aguardado é o de poder voltar a rotina de antes.

“Mesmo até que já tenhamos contraído, seguimos com medo no meio de tudo isso. Mas nós amamos nossa profissão. Por isso que a gente se entrega. Para ajudar a aliviar aquela dor, a angústia, o medo e o sofrimento dos pacientes. Mas estamos ansiosos, contando os dias para que as coisas possam voltar ao normal. Para que a gente possa se abraçar e ficarmos juntos como antes em casa”, finalizou.

Tãnia Furtado conta que o momento mais aguardado é o de poder voltar a rotina de antes.  — Foto: Reprodução

Tãnia Furtado conta que o momento mais aguardado é o de poder voltar a rotina de antes. — Foto: Reprodução

Fonte: G1-PI

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