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25 de abril de 2024
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Peritos vão fazer simulação do acidente que matou criador do “Salve Rainha”

Peritos criminais do Instituto de Criminalística do Piauí irão fazer a reprodução simulada do acidente que matou dois integrantes do Salve Rainha e deixou outro ferido. A simulação, ainda não tem data marcada, mas deve acontecer na próxima semana.

“Vamos utilizar um veículo semelhante e fazer ele passar no local várias vezes em várias velocidades. As imagens serão analisadas pelas mesmas câmeras. O carro utilizado na reprodução simulada terá dimensões semelhantes ao do que se envolveu no acidente. O veículo é aparentemente um sedan, da marca Corolla… vamos pegar um veículo com as mesmas condições de lataria e a distância entre seus eixos serão analisadas para medir a velocidade que o motorista estava momentos antes da colisão. Serão marcados pontos ao longo da avenida Miguel Rosa para se comparar as dimensões da distância daqueles pontos com o  que a gente consegue ver nas imagens, para que seja feita uma proporção entre as dimensões reais e as da tela”, explicam os peritos Rawlinson Ibiapina e Carlos Belfort, que estão no caso.

Rawlinson Ibiapina ressalta que a reprodução simulada será essencial para a elucidação do caso. Por meio da técnica, será medida a velocidade do carro que colidiu com o fusca, tendo como base a distância e tempo.

“Através dessa técnica vamos entender toda a dinâmica do acidente, desde a análise do semáforo até a análise da velocidade do veículo que, eventualmente, provocou o acidente”, disse.

Para elucidar o caso, os peritos também deverão utilizar uma técnica inovadora que consiste na remoção do velocímetro. Carlos Belfort explica que o local onde o ponteiro do aparelho trava, não tem relação com a velocidade.

“O ponteiro pode colidir com a superfície e ficar em qualquer local. Para gente é interessante saber onde ele colidiu e fica aleatoriamente em qualquer posição. Dependendo do impacto da colisão e do tipo de material do velocímetro, temos como atestar o local em que ele interagiu com a superfície. As imagens foram repassadas para a gente ontem (29) e já fizemos uma análise prévia na UFPI. Hoje será feita a remoção do velocímetro, para que seja analisada toda a superfície. A técnica é inovadora, feita internacionalmente e apenas em algumas cidades do país”, explica Belfort.

O perito acrescenta que a análise do velocímetro é usada apenas em alguns casos e, se possível o uso da metodologia, será mais um suporte para análise das imagens. “A gente vai tentar aplicar essa metodologia aqui e este o primeiro caso, o que será importante para casos futuros. Essa técnica é importante, principalmente, em situações em que não há filmagens”, reitera.

Os peritos ressaltam que o material analisado é suficiente para uma conclusão precisa da dinâmica do acidente. “O material que a gente tem dá para chegar a um resultado seguro. É um caso trabalhoso, mas de conclusão perfeitamente possível”, finalizam.

Acidente

Júnior Araújo, seu irmão Bruno Queiroz e o amigo Jader Damasceno vinham do Parque da Cidadania no último domingo em um veículo fusca quando sofreram uma colisão lateral de um veículo Corolla que vinha supostamente em alta velocidade pela Avenida Miguel Rosa.

O motorista, com sinais de embriaguez, teria supostamente invadido o sinal vermelho, segundo testemunha. Bruno morreu na hora e os outros dois foram conduzidos com ferimentos graves para o HUT. Júnior teve morte cerebral confirmada na noite de ontem (29) pelo HUT. O acidente foi registrado pelas câmeras de segurança de um estabelecimento comercial.

 

Graciane Sousa / Cidade Verde

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