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26 de abril de 2024
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Pesquisadores estudam incidência da Covid no interior e uso da dexametasona

Os pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) dão andamento a pesquisas para entender o crescimento da Covid-19 no estado, ajudando a encontrar e/ou reforçar medidas preventivas da doença, desde o isolamento social ao uso de medicamentos específicos no combate ao novo coronavírus. Pesquisadores são favoráveis ao uso da Dexametasona.

Entre essas pesquisas está o estudo do professor Vinícius Alexandre, especialista em Vigilância Sanitária e doutorando em Epidemiologia pela Fundação Oswaldo Cruz, que estuda os índices de interiorização da doença.

Vinícius Alexandre considerou os casos confirmados no período de 19/03 a 13/06/2020, que apontam como epicentro local da doença sendo: Teresina, Parnaíba, Barras, Campo Maior, Picos, Esperantina, União, Piripiri, Demerval Lobão, Altos, Água Branca, Uruçuí, Miguel Alves, Oeiras, Batalha, Floriano, Bom Jesus e Luís Correia.

“Nós avaliamos o crescimento de casos no Estado e temos, agora, uma noção melhor de como essa doença está se espalhando. Começamos a discutir já nesse trabalho e vamos continuar nas próximas pesquisas, como esse espalhamento acontece considerando a malha rodoviária do Estado e os fluxos de mobilidade que estão instalados no Piauí. Diante disso, a partir de dados científicos, somos desfavorável a uma  flexibilização por conta de um processo ascendente que vivemos diante dessa crise pandêmica”, diz Vinícius.

Planície Litorânea

Já o impacto do crescimento da doença nos territórios do litoral piauiense é o foco de artigo produzido pelos professores Francisco de Paula Santos de Araújo Júnior, mestre em Matemática;  Arnaldo Silva Brito, doutor em Engenharia de Sistemas e Computacação; e Carlos Rerisson Rocha da Costa, doutor em Geografia.

Os pesquisadores destacam os impactos negativos do não cumprimento do isolamento social nas cidades de Parnaíba, Luís Correia e Buriti dos Lopes.

O estudo, segundo a Uespi, “nas primeiras semanas da Covid-19, as médias de isolamento nas três cidades não chegaram a 40%. Depois de dois meses, Parnaíba e Luís Correia conseguiram um índice de 50% de isolamento social. E na décima semana somente Luís Correia conseguiu manter tal índice”.

A liberação de algumas atividades comerciais contribuiu para a redução do isolamento, aposta o estudo.  “Foi uma análise das atividades de reabertura na cidade de Parnaíba e seus impactos nas cidades vizinhas, Luís Correia e Buriti dos Lopes. Alertamos que precisamos aumentar a taxa de isolamento social. Depois de dois meses, essas cidades chegaram perto dos 50% e depois disso não voltou a este patamar e, na verdade, está diminuindo”.

A Dexametasona e a Covid-19

Em relação ao tratamento da doença,  os professores Fabrício Pires de Moura do Amaral, doutor em Farmacologia; e Francisco Eugênio Deusdará de Alexandria, doutorando em Engenharia Biomédica e infectologista do Hospital Getúlio Vargas, estudam o uso da Dexametasona contra a Covid-19.

Eles avaliaram a pesquisa da Universidade de Oxford. “Posso afirmar que esse está sendo a melhor notícia quanto aos efeitos de um fármaco, um medicamento contra a Covid-19. Ele é utilizado contra vários tipos de doença autoimune e outros fins”, diz o professor Fabrício.

Fabrício Pires ressalta que, “contra a Covid-19, a universidade mostrou eficiência do medicamento, principalmente, em pacientes que estão fazendo uso de ventiladores mecânicos”. O professor alerta que o uso desse medicamento só pode ocorrer sob supervisão médica, pois “de outra forma, a dexametasona pode agravar  a doença no paciente”.

Confira o Boletim completo: BOLETIM OBSERVATORIO – EDIÇÃO 3

Fonte:Carlienne Carpaso / CidadeVerde

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