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29 de março de 2024
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PGR aciona o STF contra o aumento de ICMS sobre energia elétrica e comunicações no Piauí

Augusto Aras, Procurador Geral da República - Foto: Roberto Jaime/Ascom/TSE

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (25), com pedido de medida cautelar contra o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da energia elétrica e comunicações acima da alíquota geral fixada na legislação estadual.

Na ação direta de inconstitucionalidade (ADI), o procurador-geral Augusto Aras cita que apesar da alíquota geral do ICMS no Piauí ser de 18%, o percentual sobre operações com energia elétrica é de 22%, para um consumo de até 200 kwh, e de 27% acima desta cota. Em relação aos serviços de comunicação, o tributo estadual é de 30%.

Na avaliação do PGR, a elevação tributária sobre estes dois serviços, em patamares acima da alíquota geral, contraria o princípio constitucional da seletividade, que determina tributação menor sobre produtos e serviços considerados essenciais à subsistência digna dos cidadãos.

“A energia elétrica, que no início do século passado era considerada artigo de luxo reservado somente às famílias abastadas, é hoje indispensável em qualquer residência como item mínimo de subsistência e conforto. Pode-se dizer o mesmo sobre a internet e os demais serviços de comunicação”, explica Aras.

Em entrevista ao Cidadeverde.com, o Procurador-Geral do Estado, Plínio Clerton, explicou que o STF já analisou uma outra ação semelhante a esta no passado e que, apesar de reconhecer a inconstitucionalidade, admitiu a possibilidade de aplicação da alíquota do ICMS. “Isso já foi julgado pelo Supremo e só terá validade a partir do dia 1° de janeiro de 2024”, ressaltou.

Além do Piauí, a Procuradoria-Geral da República protocolou outras 24 ADIs no STF, com pedido de medida cautelar solicitando a “imediata suspensão” de leis estaduais e do Distrito Federal que aumentaram a alíquota do ICMS sobre energia elétrica e comunicações.

Breno Moreno, Cidade Verde (Com informações do MPF)

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