Toda vez que uma crise econômica se instala, o poder público trata logo de passar a conta para o contribuinte, a parte mais indefesa da cadeia econômica. Cortar gastos, diminuir o tamanho da máquina estatal ou reduzir o número de cargos comissionados, criados para acomodar os líderes políticos, são ações que não costumam ser cogitadas.
O Brasil vive agora a sua pior recessão. E o que fazem os gestores públicos para aumentar as receitas? Aumentam a carga tributária, como se ela já não fosse abusiva. Com isso, os cidadãos são obrigados a desembolsar mais dinheiro para sustentar o monstro burocrático alimentado pelo estado, apesar de amargarem defasagem salarial ou mesmo o desemprego.
Ontem, o governo do estado conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS )para gasolina, energia elétrica e serviços de comunicação. Os novos percentuais passam a vigorar a partir do próximo ano, com os seguintes percentuais: 28% para comunicação; 22% para o consumo de energia elétrica até 200kwh, 27% para consumo acima de 200kwh; e 29% para gasolina e lubrificantes.
A Prefeitura de Teresina, por sua vez, passou a cobrar a taxa da coleta de lixo domiciliar, provocando protestos de toda ordem entre os munícipes. O consumidor final não tem a quem repassar os sucessivos aumentos de impostos que recaem sobre sua responsabilidade. Com empregos cada vez mais escassos, é de se perguntar: até quando vão sufocar a classe média, arrancando-lhe até o último tostão para sustentar a máquina pública?
DoCidadeverde